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Operação Curupira prende suspeitos de loteamentos irregulares em Pontal do Paraná

O Ministério Público do Paraná e a Polícia Militar deflagraram nesta quinta-feira (13), a Operação Curupira, voltada a coibir a ação de suposta organização criminosa responsável por invasão de imóveis, parcelamento irregular do solo urbano, destruição de área de preservação ambiental e outros crimes. 

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva (um investigado está foragido). A investigação no MPPR é conduzida pela Promotoria de Justiça da comarca.

Conforme já apurado pelo Ministério Público, o grupo estaria atuando há meses em Pontal do Paraná com a comercialização de lotes de maneira irregular, em área invadida da Mata Atlântica. Há indícios de que os investigados fazem uso ostensivo de armas e munição e já desmataram diversos trechos de floresta, além de terem instalado no local pontos irregulares de água e energia elétrica (“gatos”). Foram apreendidos documentos, armas de fogo e motosserras.

Participaram das diligências cerca de 34 viaturas e 102 policiais militares. O trabalho de investigação vem sendo executado com suporte da PM, Polícia Ambiental – Força Verde, Polícia Civil, secretarias Municipais de Meio Ambiente e de Segurança Pública de Pontal, Copel e Sanepar.

Denúncias – Em outro caso similar, relacionado a loteamento clandestino no balneário Pontal do Sul, a Promotoria de Justiça de Pontal do Paraná apresentou na última semana 49 denúncias criminais, contra 49 pessoas. 

O MPPR sustenta que todos são responsáveis pela invasão e parcelamento de lotes de um imóvel público, pertencente ao Município. O local encontra-se em área de preservação ambiental (Bioma Mata Atlântica) e foi ocupado em novembro de 2020. À época, a floresta estava praticamente intacta – imagens aéreas anexadas ao processo demonstram que os denunciados já destruíram um trecho considerável da vegetação.

O Ministério Público busca a condenação dos réus pelos crimes de associação criminosa, invasão de imóvel público, parcelamento irregular do solo urbano, desmatamento do Bioma Mata Atlântica, furto de energia elétrica e água encanada e corrupção de menores. Somadas, as penas em caso de condenação podem chegar a 26 anos de prisão.

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