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9 golfinhos apareceram mortos em menos de uma semana

Em menos de uma semana, nove golfinhos-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) apareceram mortos em praias dos municípios de Barra do Sul, São Francisco do Sul e Itapoá.

Os casos aconteceram entre os dias 1º e 6 de novembro e foram divulgados pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) neste dia 30.

De acordo com a equipe de resgate de animais marinhos da Univille (Universidade da Região de Joinville), instituição que coordena o PMP-BS, todos eram adultos e estavam em avançado estado de decomposição. Um deles apresentava marcas evidentes de retirada de pedaços de pele (em formato de quadrados) distribuídas por todo o corpo.

Devido ao estágio em que os corpos dos animais se encontravam, não foi possível identificar a causa das mortes. Para a equipe, devido à proximidade das datas de encalhe, distância das carcaças e semelhanças no estado de decomposição, é possível que estes golfinhos sejam de um mesmo grupo e que tenham sido vítimas de um mesmo evento, a suspeita é de emalhamento acidental coletivo em rede de pesca.

De acordo com os veterinários, os animais haviam morrido há mais de três dias, ainda longe da costa. No caso do golfinho com marcas, a necropsia apontou que os pedaços retirados (alguns mais profundos e outros mais superficiais) foram removidos com o uso de um objeto cortante, após a morte do animal.

O golfinho

O golfinho-nariz-de-garrafa, também conhecido como boto-da-tainha, pode ser encontrado em zonas tropicais e temperadas de todo o mundo, ocupando diferentes habitats, desde regiões costeiras, lagoas, estuários e mares internos até águas pelágicas e ilhas oceânicas.

Como o próprio nome diz, ele apresenta um rostro curto que se assemelha a uma garrafa. Possui corpo robusto e a região frontal da cabeça bem demarcada. Sua coloração é acinzentada-escura na porção dorsal e vai clareando lateralmente até o ventre num tom cinza-claro ou rosado. Pode chegar a mais de 3 metros de comprimento e pesar 500 kg, sendo os machos um pouco maiores do que as fêmeas. É um grande nadador e costuma fazer muitas manobras, como saltos totais, parciais e outros comportamentos.

O período de gestação desta espécie é de 12 meses, com a fêmea gerando apenas um filhote por vez. O intervalo de reprodução é de 3 a 6 anos.

Ameaças – Em um ambiente conservado, livre de ameaças, estes golfinhos podem viver até 40 anos, tendo registros também de algumas fêmeas com mais de 50 anos.

No entanto, o que mais coloca em risco a vida destes animais são os impactos ambientais provocados pelos seres humanos, com destaque para capturas acidentais em redes de pesca, colisões em embarcações, além da poluição das zonas costeiras e estuarinas.

Imagem e informações; Resgate de animais marinhos Univille
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