IAT desiste de criar Refúgio de Vida Silvestre dos Guarás
A unidade de conservação tinha como objetivo proteger a fauna da região, sobretudo o guará, ave-símbolo da cidade, e preservar os ecossistemas das ilhas, como os manguezais

O IAT (Instituto Água e Terra) anunciou que não irá prosseguir com o processo de criação do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) dos Guarás, que abrangeria seis ilhas da Baía de Guaratuba. Segundo o Portal da Cidade Guaratuba, a decisão foi comunicada em um ofício assinado pelo diretor do Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.
A unidade de conservação tinha como objetivo proteger a fauna da região, sobretudo o guará (Eudocimus ruber), ave-símbolo da cidade, e preservar os ecossistemas das ilhas, como os manguezais. A intenção era restringir e organizar o acesso aos turistas e permitir o uso sustentável por pescadores artesanais da cidades.
De acordo com o ofício, divulgado pelo Portal da Cidade, a decisão do IAT foi baseada nas “reiteradas manifestações contrárias à criação do REVIS por parte da comunidade de pescadores artesanais”. Segundo Portal da Cidade informa, “O”O estopim foi a ação que impediu uma vistoria técnica do IAT às ilhas, no dia 11 de agosto de 2025. Sem essa vistoria, que era essencial para detalhar a atividade pesqueira local, tornou-se inviável definir as regras de uso da área pela comunidade no decreto de criação, comprometendo o processo”.
O IAT ressalta que as ilhas continuam protegidas por estarem dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba, o que permite a continuidade de projetos para a proteção da espécie. Andreguetto, no entanto, afirma no ofício que a não criação da unidade representa a “perda de uma oportunidade importante para assegurar a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais” e para “fomentar o turismo ordenado no local”, ambos fundamentais para o desenvolvimento sustentável do município.
Fonte: Portal da Cidade Guaratuba