IFPR tem roda de conversa e apresentação de atabaques nesta sexta
Acontece nesta sexta feira (22), uma roda de conversa no IFPR Paranaguá sobre a musicalização na cultura afro-brasileira e africana que contará com apresentação de atabaques.
A iniciativa é de Jakeline Taylor, produtora cultural que teve o projeto “O Som dos Tambores” aprovado no edital da Lei Paulo Gustavo, com recursos do Governo Federal. Jakeline também é coordenadora do Coletivo Afro Parnanguara, que vem realizando ações de letramento racial*.
O projeto realizou oficina de tambores por um mês de forma gratuita na Associação de Moradores do Porto Seguro e agora realizará uma apresentação com os alunos no IFPR (Instituto Federal do Paraná), que fica no mesmo bairro.
“É o encerramento do ciclo de oficinas, não do projeto”, explica Jakeline. “Durante o percurso, nos aproximamos de muitas pessoas e outras nos procuraram para dar continuidade no projeto depois do encerramento do período de execução prevista no nosso plano de execução. Queremos que continue aqui (no bairro Porto Seguro) e se possível expandir para outros bairros, para que as pessoas se apropriem desse instrumento, da música e da sua ancestralidade”.
Dia 21 de março foi o Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações de Candomblé e a apresentação musical de finalização do projeto já estava previsto para próximo desta data devido a relação dos instrumentos (atabaques) com religiões de matrizes africanas e candomblé.
Quem media a conversa é Adilson Taylor, produtor cultural. Participam da mesa: Paloma Virgins Santiago, professora na IFPR e membra do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), d instrituição; Bàbá Hérick Lechinski, presidente da Associação Cultural Africana, Afrobrasileira e Umbandista do Litoral Paranaense (Acaaulp); e pai Lederson Souza, presidente da Aacefi. Alabe Nilson Sérgio, do Yle Asé Lebara Vodun Wunge Bara; e a própria Jakeline Taylor.
A roda e a apresentação artística acontecem às 19h e a entrada é franca.
* O letramento racial é um processo de reeducação racial que reúne um conjunto de práticas com o intuito de desconstruir formas de pensar e agir naturalizadas e normalizadas socialmente, em relação a pessoas negras e pessoas brancas. (Fonte: CUT)
A antropóloga afro-americana France Winddance Twine formulou o conceito de racial literacy, traduzido pela psicóloga e pesquisadora Lia Vainer Schucman como “letramento racial”. O letramento racial é uma forma de responder individualmente às tensões raciais. (Fonte: UFMG)