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O ajuste fiscal e a pesca artesanal

A suspensão do seguro-defeso para os pescadores artesanais em diversas regiões do país, sobretudo no Norte e no Nordeste, é duramente criticada pela pesquisadora Natália Tavares de Azevedo, em artigo no Le Monde Diplomatique Brasil.

Natália Tavares é mestre em Sociologia e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela UFPR. Realiza estágio pós-doutoral no Centro de Estudos do Mar da UFPR, em Pontal do Paraná.

Segundo ela, a suspensão do defeso – e o consequente seguro-desemprego setorial – em algumas regiões (o Paraná não foi atingido) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e a extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura estão dentro de um contexto em que os mais pobres foram escolhidos para pagar a conta no ajuste fiscal.

A escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda – agora substituído pelo “desenvolvimentista” Nelson Barbosa – é apontada pela pesquisadora como parte das medidas regressivas tomadas pela presidente Dilma Roussef após as eleições. No caso dos pescadores, ela também cita as restrições impostas pelas regulamentações iniciadas em 2014 sob justificativa de coibir as fraudes. Ela demonstra que as mulheres foram as mais prejudicadas pelas mudanças.

A pesquisadora não deixa de reconhecer que a proteção às famílias dos pescadores passou a ser mais significativa só a partir do governo Lula e continuou com Dilma até bem pouco tempo.

Leia o artigo completo em http://diplomatique.org.br/artigo.php?id=1983

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