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Despesas corporativas: o que são e como gerenciá-las?

Controlar gastos é passo fundamental para manter equilíbrio e impulsionar o crescimento dos negócios Foto: Freepik A gestão das despesas corporativas é uma das atividades mais relevantes dentro da administração financeira de qualquer empresa. Entender quais são esses gastos, como organizá-los e, acima de tudo, como mantê-los sob controle pode fazer toda a diferença nos resultados e na sustentabilidade do negócio ao longo do tempo. As despesas corporativas estão relacionadas a todos os custos que uma empresa tem para manter suas operações funcionando. Elas envolvem desde pagamentos recorrentes como aluguel, salários e contas de energia até gastos mais variáveis, como aquisição de materiais, despesas com viagens e investimentos pontuais. Uma gestão eficiente dessas despesas é essencial para garantir que os recursos sejam usados da melhor forma possível, evitando desperdícios e contribuindo para a saúde financeira do negócio. O que são despesas corporativas? No âmbito financeiro, as despesas corporativas são divididas em duas categorias principais: fixas e variáveis. As despesas fixas são aquelas que permanecem constantes mês a mês, independentemente do volume de produção ou das vendas realizadas. Exemplos típicos incluem aluguel de espaços, salários de funcionários e contratos de manutenção. Já as despesas variáveis oscilam conforme o ritmo das atividades da empresa, ou seja, aumentam ou diminuem conforme a demanda. Podem incluir custos com matérias-primas, comissões de vendas, despesas com transporte e outras que mudam de acordo com o fluxo operacional. Além dessa divisão, é importante também considerar as despesas diretas, que são ligadas à produção ou prestação de serviços, e as indiretas, que envolvem custos administrativos, financeiros e operacionais. A importância do controle das despesas O controle rigoroso das despesas corporativas é necessário para que a empresa consiga manter um fluxo de caixa equilibrado, pagar seus compromissos em dia e ainda investir em oportunidades de crescimento. Gastos descontrolados podem levar a um aumento dos custos operacionais, afetar a rentabilidade e até comprometer a sobrevivência do negócio. Ter conhecimento claro sobre onde o dinheiro está sendo gasto permite identificar áreas em que é possível otimizar recursos, renegociar contratos ou até cortar despesas desnecessárias, sem prejudicar a qualidade dos produtos ou serviços. Estratégias para gerenciar despesas corporativas Uma das primeiras etapas para um gerenciamento eficiente é a elaboração de um orçamento detalhado. O planejamento orçamentário serve como um guia para controlar os gastos previstos, facilitando a comparação entre o que foi planejado e o que foi efetivamente consumido. Isso ajuda a detectar desvios e tomar ações corretivas rapidamente. Além disso, estabelecer processos claros para a aprovação de despesas é uma prática recomendada. Isso inclui definir responsáveis e limites para autorizações, o que reduz o risco de gastos não autorizados ou fora da política da empresa. O uso de tecnologia também tem papel fundamental. Sistemas de gestão financeira automatizados permitem o acompanhamento em tempo real das despesas, além de facilitar a geração de relatórios analíticos que ajudam na tomada de decisão. O uso de um cartão de crédito corporativo também pode contribuir para uma gestão mais eficiente, especialmente quando integrado a plataformas de controle de despesas. Além de facilitar pagamentos relacionados a viagens, alimentação e compras emergenciais, o cartão permite que a empresa estabeleça limites de uso, acompanhe os gastos em tempo real e concentre as despesas em uma única fatura, facilitando a conciliação e a análise financeira. A cultura organizacional e a transparência Mais do que processos e ferramentas, o sucesso na gestão das despesas depende da cultura da empresa. Promover a conscientização entre os colaboradores sobre a importância do controle de gastos, assim como incentivar a transparência na comunicação, cria um ambiente no qual todos colaboram para o uso responsável dos recursos. Treinamentos e campanhas internas podem reforçar o compromisso da equipe, criando um cenário em que o cuidado com as finanças é uma responsabilidade compartilhada. Benefícios de uma boa gestão Empresas que adotam práticas efetivas de controle de despesas podem ter maior capacidade para lidar com imprevistos financeiros, aproveitam melhor oportunidades de investimento e melhoram sua competitividade no mercado. A redução de desperdícios e o alinhamento das despesas aos objetivos estratégicos fortalecem a sustentabilidade do negócio. Além disso, manter as finanças organizadas contribui para a credibilidade da empresa perante bancos, investidores e parceiros comerciais. Com planejamento, tecnologia e uma cultura organizacional alinhada, é possível transformar o controle financeiro em uma vantagem estratégica que impulsiona resultados e garante o futuro do negócio.

Quanto tempo preciso trabalhar para ter direito a férias?

Entenda como fazer o cálculo de férias e quanto tempo é preciso trabalhar para ter direito. Saiba como ter descanso com todos os benefícios Foto: Freepik O trabalhador com carteira assinada espera ansiosamente pelo momento de descanso, porém nem todos sabem quando esse direito pode ser desfrutado. Entretanto, as férias podem ser afetadas por fatores como tempo de trabalho, tempo de férias a ser vendido ou tirado, fazendo muitas pessoas terem dúvidas de como fazer o cálculo de férias. A seguir será explicado os principais como funciona o período aquisitivo, qual o período mínimo de tempo para tirar férias, o que muda para contratos temporários e quais são seus direitos. Posso tirar férias quando eu quiser? As férias devem ser combinadas com o empregador, com a prerrogativa de definir o melhor momento para a empresa e para o funcionário. Ou seja, o trabalhador não pode simplesmente escolher um período e se ausentar. A empresa precisa aprovar e organizar para não haver prejuízo ao funcionamento das atividades. Assim, muitos empregadores buscam conciliar os interesses, mas é sempre bom conversar e planejar. Existem algumas atitudes que podem te ajudar a tirar férias com maior tranquilidade, são elas: Verifique com o RH quando será possível tirar férias no calendário da empresa Evite períodos críticos no seu setor, como fim de ano ou fechamento de trimestre Se programe financeiramente para aproveitar o descanso com tranquilidade Combine com colegas que executam tarefas semelhantes para garantir a continuidade das atividades Formalize o pedido com antecedência mínima de 30 dias, sempre que possível Essas medidas ajudam a conseguir um período que seja favorável tanto para empresa como para o funcionário. Qual é o tempo mínimo de trabalho exigido para ter direito às férias? De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o trabalhador tem direito a 30 dias de férias a cada 12 meses de trabalho. Esse período é chamado de período aquisitivo. Portanto, para se ter direito às férias de forma integral é preciso ter completado um ano de contrato com a empresa.A partir desse período, o empregador tem mais 12 meses para conceder o descanso ao funcionário. Se você já completou 12 meses de trabalho, é possível solicitar o benefício. Para entender quanto vai receber, é importante fazer um bom cálculo de férias e conferir seus direitos. Você pode inclusive contar com ajuda de uma calculadora online. Já que saber quando irá receber ajuda a planejar e melhorar a rotina, além de evitar surpresas na hora de solicitar as férias. Para isso é importante entender melhor quando o direito é gerado e quando ele deve ser concedido, isso é chamado na lei de período aquisitivo e período concessivo. A seguir entenda as diferenças entre eles. Período aquisitivo e concessivo e o que significam? Como falado anteriormente, o período aquisitivo é o intervalo de 12 meses de trabalho necessários para gerar o direito às férias. Já o período concessivo é o tempo que a empresa tem para conceder essas férias ao funcionário. Isso significa que você trabalha um ano para conseguir acessar o direito (período aquisitivo) e, depois disso, a empresa tem um ano para liberar esse descanso (período concessivo). Caso as férias não sejam concedidas dentro desse prazo, a empresa pode ser penalizada, sendo que o principal objetivo disso é assegurar que o trabalhador não seja privado do direito ao descanso no tempo correto. Existe diferença para quem trabalha como CLT ou temporário? Existem algumas diferenças entre um funcionário CLT e um temporário. Trabalhadores contratados via CLT têm direito a 30 dias de férias pagas, com um extra de 1/3 do valor do salário. Esse valor pode aumentar caso o trabalhador receba horas extras, comissões ou adicionais fixos, como insalubridade, periculosidade ou adicional noturno, que entram no cálculo da remuneração total. Já os temporários têm um cálculo de férias proporcional, conforme o tempo de contrato. No caso dos temporários, o valor das férias costuma ser pago junto com o encerramento do contrato, de forma proporcional aos meses trabalhados. Além disso, é comum que o pagamento seja feito junto com o 13º e outros direitos, ou seja, não é necessário esperar um ano inteiro para ter acesso a esse direito, mas sim cumprir os meses estipulados no contrato temporário. O que acontece se a empresa não conceder as férias no prazo? Caso a empresa ultrapasse o prazo de 12 meses após o período aquisitivo sem conceder as férias, o trabalhador tem direito a receber o valor em dobro. Isso está previsto no artigo 137 da CLT, como forma de proteger o direito ao descanso e evitar abusos por parte do empregador. Portanto, se percebeu que já passou do prazo, procure o RH da empresa para entender a situação. Caso não haja resolução, vale acionar o sindicato ou o Ministério do Trabalho para garantir o cumprimento da lei. Apenas conhecendo os seus direitos e ficando atento a qualquer diferença percebida no contracheque é possível garantir que seu direito será cumprido e que suas férias serão tiradas com tranquilidade.

Dicas práticas para fazer uma simulação de financiamento

Aprenda a usar simuladores de financiamento para entender as parcelas, comparar condições e evitar surpresas no orçamento antes de contratar um crédito Foto: Freepik Antes de contratar um financiamento, é fundamental saber como ele pode impactar seu orçamento. A simulação de financiamento surge como uma das melhores ferramentas para quem deseja entender as condições de pagamento, o valor das parcelas e o custo total antes de tomar qualquer decisão. Neste artigo, vamos explorar o que é a simulação de financiamento, por que ela é importante e como usá-la corretamente. Além disso, explicaremos os principais fatores que influenciam o valor das parcelas e daremos dicas práticas para evitar erros comuns ao financiar um bem. O que é a simulação de financiamento? A simulação de financiamento é uma ferramenta que permite calcular, de forma antecipada, o valor das parcelas que você terá que pagar, o custo total do financiamento e outros detalhes importantes. Ela é útil para quem quer entender as condições de pagamento de um bem antes de tomar a decisão final. Através da simulação, você consegue visualizar não só as parcelas mensais, mas também o impacto do financiamento ao longo do tempo, levando em consideração taxas de juros e prazos. Por que é importante simular um financiamento antes de contratar? Simular o financiamento antes de contratá-lo é essencial para evitar surpresas financeiras no futuro. Sem a simulação, fica difícil saber quanto você realmente estará pagando e como o valor das parcelas vai afetar o seu orçamento mensal. Além disso, simular o financiamento oferece a oportunidade de comparar as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras, possibilitando que você escolha a opção mais vantajosa para a sua situação. A simulação também ajuda a avaliar a viabilidade do financiamento. Você pode verificar se o valor das parcelas cabe no seu orçamento, se o prazo é adequado e se as taxas de juros não vão comprometer seu fluxo de caixa. Principais fatores que influenciam o valor das parcelas O valor das parcelas de um financiamento é influenciado por vários fatores. O mais importante deles é a taxa de juros, que determina o custo adicional do dinheiro emprestado. Juros mais altos significam parcelas mais altas e, consequentemente, um custo total mais elevado. O prazo de pagamento também é um fator crucial. Se o prazo for mais longo, as parcelas tendem a ser menores, mas o custo total do financiamento aumenta devido aos juros acumulados ao longo do tempo. O valor financiado também impacta diretamente no valor das parcelas. Quanto maior o valor que você deseja financiar, maior será o valor das parcelas. Além disso, algumas instituições financeiras incluem custos adicionais, como seguros e taxas administrativas, que também afetam o valor final a ser pago. Passo a passo para simular um financiamento de forma simples Simular um financiamento é um processo simples e rápido. O primeiro passo é escolher a ferramenta de simulação, que pode ser encontrada nos sites dos bancos ou em plataformas especializadas. Uma vez no simulador, basta informar o valor do bem que você deseja financiar, o prazo de pagamento e a taxa de juros oferecida. Ao inserir essas informações, o simulador calculará o valor das parcelas e o custo total do financiamento. O próximo passo é ajustar o prazo ou a taxa de juros para ver como isso afeta o valor das parcelas e o custo final. Isso ajuda a entender quais opções são mais viáveis para o seu orçamento. Compare prazos e taxas com simuladores confiáveis Para ter uma visão mais clara do impacto no seu orçamento, é possível simular rapidamente quanto fica 40 mil financiado em 60 vezes em simuladores online e avaliar as condições com base nas taxas de juros.  Esses simuladores são ferramentas eficazes para comparar diferentes prazos e taxas de juros, permitindo que você escolha a melhor opção para a sua situação financeira. Cuidados essenciais antes de fechar um financiamento Antes de fechar um financiamento, é fundamental tomar alguns cuidados. Primeiro, verifique se o valor das parcelas cabe no seu orçamento. Não comprometa mais do que 30% da sua renda líquida mensal com as parcelas do financiamento, para garantir que você tenha margem para outras despesas essenciais. Outro cuidado importante é verificar se as taxas de juros são competitivas. Muitas vezes, uma pequena diferença nas taxas pode representar uma grande economia ao longo do tempo. Além disso, preste atenção nas taxas adicionais, como seguros obrigatórios ou tarifas de abertura de crédito, que podem aumentar o custo final do financiamento. Por fim, leia o contrato com atenção. Certifique-se de entender todas as condições, inclusive o que acontece em caso de atraso nas parcelas e quais são as possibilidades de renegociação ou antecipação de pagamento. Simular o financiamento antes de contratá-lo é um passo essencial para tomar decisões financeiras mais seguras. Através da simulação, você consegue visualizar o impacto das parcelas no seu orçamento, comparar diferentes ofertas e escolher a opção mais vantajosa. Ferramentas como simuladores online são ótimas aliadas nesse processo, pois ajudam a entender as condições de pagamento e a calcular o custo total do financiamento de forma clara.

Mais de 300 tartarugas-verde encalharam no litoral do Paraná em julho

Número representa aumento de 502% em relação ao mesmo período do ano passado Tartaruga-verde encalhada em Matinhos. Foto: PMP-BS/LEC-UFPR Julho de 2025 terminou com um dado que chamou atenção dos pesquisadores no Litoral do Paraná: 314 encalhes de tartaruga-verde (Chelonia mydas) foram registrados apenas neste mês, um aumento de 502% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 52 encalhes. Os dados são do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado no litoral paranaense pelo Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC-UFPR). A equipe realiza o monitoramento diário das praias entre Guaratuba e Guaraqueçaba. Segundo especialistas, o aumento acompanha uma tendência observada nos últimos invernos, mas os números de 2025 foram especialmente altos. “Estamos diante de um cenário que exige atenção. As tartarugas-verdes são comuns na nossa região, especialmente em sua fase juvenil, e essa concentração de encalhes é reflexo direto das pressões que esses animais enfrentam no ambiente marinho”, afirma Camila Domit, coordenadora do PMP-BS/UFPR. Tartaruga-verde: espécie residente e vulnerável A tartaruga-verde é considerada residente temporária no litoral do Paraná, permanecendo na região principalmente durante sua fase juvenil, em busca de alimento e desenvolvimento. Durante esta fase da vida, os indivíduos são “onívoros”, ou seja, se alimentam de peixes, lulas, mas também de algas, propágulos de mangue e gramas marinhas, desempenhando papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas costeiros. Na fase adulta, a tartaruga-verde se torna uma das maiores espécies de tartarugas marinhas, podendo atingir quase 1,5 metro de comprimento e cerca de 230 kg. Neste estágio, sua dieta é predominantemente herbívora, composta principalmente por algas e gramíneas marinhas. Tartaruga-verde reabilitada e solta pelo LEC-UFPR. Foto: Ana Cláudia Nunes LEC-UFPR  A espécie está classificada como vulnerável à extinção no Estado do Paraná, conforme o Decreto Estadual nº 6.040/2024. Por isso, além de sua relevância ecológica, o monitoramento e a proteção desses animais constituem obrigações legais e científicas. Uma das principais ações resultantes desses compromissos, no âmbito das políticas públicas brasileiras, é o Plano de Ação Nacional para Conservação de Tartarugas Marinhas. Inverno, frentes frias e desafios ambientais Durante os meses de inverno, as frentes frias provocam alterações significativas nas condições oceânicas, como a queda na temperatura da água, mudanças na salinidade, nos ventos de superfície e o redirecionamento das correntes marinhas. Essas transformações impactam diretamente as tartarugas marinhas, afetando sua capacidade de locomoção e a busca por alimento. Como consequência, muitos indivíduos, especialmente os juvenis, tornam-se mais vulneráveis a doenças, desnutrição e encalhes. Além desses fatores naturais, as atividades humanas agravam ainda mais a situação da fauna marinha. Os exames realizados pela equipe multidisciplinar do LEC-UFPR revelam que muitos dos animais encalhados apresentam evidências de interação com resíduos sólidos, como a ingestão de fragmentos de plástico. Também são frequentes os registros de interações com redes da pesca e colisões com embarcações, que resultam em traumas graves, fraturas e, em muitos casos, morte imediata dos animais. O médico veterinário e responsável técnico do PMP-BS/UFPR, Fábio Henrique de Lima, afirma que os encalhes nem sempre estão associados a um único fator. “As causas de mortalidade estão associadas a múltiplos fatores. Um animal debilitado por infecções, por exemplo, torna-se mais vulnerável a colisões ou ao emalhe em redes. Esses fatores, somados, comprometem a saúde dos indivíduos e ampliam os riscos de encalhes”, explica Fábio. Cinco tartarugas foram encontradas com vida e seguem em reabilitação Do total de 314 encalhes registrados em julho, cinco tartarugas chegaram ainda com vida. Elas foram prontamente resgatadas e encaminhadas ao Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise da Saúde da Fauna Marinha (CReD/UFPR), onde estão recebendo cuidados clínicos especializados. No CReD, os animais passam por uma série de exames clínicos e laboratoriais, que buscam identificar possíveis doenças, avaliar seu estado nutricional e investigar as possíveis causas do encalhe. Após a estabilização, inicia-se o tratamento, que inclui suporte nutricional, administração de medicamentos, fisioterapia e monitoramento contínuo. O objetivo é garantir que o animal recupere a saúde e possa ser devolvido ao oceano. Entretanto, alguns indivíduos chegam em condições tão críticas que não sobrevivem, mesmo com todos os cuidados e tratamentos aplicados. De acordo com o médico veterinário do PMP-BS/UFPR, Felipe Yoshio Fukumori, cada animal fornece informações valiosas para a ciência e a conservação. “O trabalho de reabilitação não apenas salva a vida daquele indivíduo, mas também contribui para o conhecimento científico e para a conservação da biodiversidade marinha”, explica. Após o resgate, o animal é levado para avaliação clínica inicial e estabilização, etapa essencial para definir o tratamento adequado. “O processo de reabilitação das tartarugas costuma ser mais lento e delicado. Cada indivíduo demanda um protocolo específico, com atenção ao seu histórico, condição corporal e resposta aos primeiros cuidados. Por isso, o acompanhamento diário e personalizado é fundamental para garantir a recuperação completa e segura até o momento da soltura”, complementa Felipe. Monitoramento e ações de proteção A atuação do LEC-UFPR é resultado de anos de trabalho contínuo e comprometido, através de diversos projetos voltados à conservação marinha. Com uma equipe multidisciplinar, o PMP-BS/LEC-UFPR realiza diariamente o monitoramento das praias paranaenses, transformando dados em conhecimento sobre os impactos que afetam