Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Demolição nos mangues de Paranaguá chega a casas de veraneio, diz MPF

Segunda ação na localidade Flor do Caribe também atingiu construções de pessoas com alto poder aquisitivo, informa o Ministério Público Federal Imóvel de veraneio foi demolido | Foto: Polícia Rodoviária Federal A Ação Integrada de Fiscalização Ambiental (Aifa) prosseguiu com novas demolições de construções irregulares instaladas sobre os mangues de Paranaguá, na manhã desta quarta-feira (29). A intervenção concentrou-se novamente na localidade Flor do Caribe. A ação coordenada pelo Ministério Público Federal, contou com a presença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e Prefeitura de Paranaguá. https://youtu.be/BfE9S835Yo0 "Diferente dos locais alvos das ações anteriores – em que parte das moradias irregulares pertencem a pessoas que podem se encontrar em vulnerabilidade social, na região Flor do Caribe é possível observar construções cujos proprietários detêm alto poder aquisitivo e casas de veraneio", afirma o Ministério Público Federal. É a segunda ação das autoridades nesta região, que fica próxima à Ilha dos Valadares. A Aifa segue com o objetivo de atuar de forma permanente e periódica na região, visando remover construções irregulares localizadas nos manguezais, bem como impedir que novas ocupações ocorram, evitando-se uma degradação ambiental ainda maior. As demolições se restringem, nesta fase da operação, a casas não habitadas e aterros. Recomendação – A ação foi objeto de recomendação administrativa, por parte do MPF e do Ministério Público do Paraná, à Prefeitura de Paranaguá em junho deste ano, visando à demolição imediata de construções não ocupadas dentro da área de invasão. Além disso, recomendou-se a estatais envolvidas o desligamento e retirada de ligações de energia e água irregulares nas áreas de invasão de mangues. Quatro ações – A primeira incursão da Aifa grupo ocorreu no dia 6 de setembro de 2023, na Ilha dos Valadares, região próxima ao rio Itiberê, com a demolição de construções não ocupadas; a segunda ocorreu no dia 11 de outubro de 2023 na Vila Guaraituba; as fases terceira e quarta ocorreram na área conhecida como Flor do Caribe. O conjunto de ações sofreu crítica quando foram demolidas casas de comunidades caiçaras.

Peixe que alimenta animais marítimos em reabilitação vem de empresa social

Você sabe de onde vêm os alimentos servidos aos animais debilitados encontrados nas praias do Paraná? A pergunta foi feita pela equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR para divulgar outro importante projeto que existe no Litoral do Paraná. O LEC-UFPR realiza o Programa de Monitoramento das Praias do Paraná e sua sede é no Centro de Estudos do Mar, em Pontal do Paraná. A equipe formada por veterinários, biólogos e outros profissionais faz o resgate e o tratamento de animais encontrados na costa.   Durante o período de reabilitação das aves e mamíferos marinhos, a alimentação servida vem da empresa Olha o Peixe!. É uma empresa social que apoia 12 comunidades pesqueiras, atingindo diretamente 114 famílias de pescadores artesanais. Já ajudou a comercializar mais de 72 toneladas de pescado. A Olha o Peixe! atua principalmente em Pontal do Paraná, mas tem parcerias com diversos pescadores de Guaratuba, Paranaguá e Guaraqueçaba.  A empresa social preza pela qualidade do pescado, pelo respeito ao meio ambiente em todo o processo e pelo pagamento justo aos pescadores. Ao vender seus produtos para a Olha o Peixe!, os pescadores recebem valores bem acima dos praticados pelo mercado. Em alguns casos, a renda mensal dos pescadores aumentou em até 200%. Do preço para o consumidor final, 60% do dinheiro vai para o pescador, o restante para a empresa. O projeto busca o aproveitamento de pescados que geralmente são descartados ou pouco aproveitados no comércio em geral, conhecida como “fauna acompanhante”.  Os pescadores usam redes para capturar espécies-alvo (nesse caso, principalmente a pescadinha-bembeca e a betarinha), contudo outras espécies são também capturadas (como a maria-luísa e o cangulo). Essa fauna acompanhante é composta pelas espécies de peixes ideais para a alimentação de animais em tratamento e a Olha O Peixe! passou a comprar os peixes e destiná-los ao LEC. A parceria tem contribuído com a geração de renda às famílias dos pescadores e com a valorização da produção local (que substitui espécies anteriormente compradas congeladas de outras regiões), além de reduzir o desperdício de pescados e trazer a oportunidade de estreitar os laços entre ações de conservação e pesca.

Cautelar do TCE exige combate ao transporte clandestino para a Ilha do Mel

Medida cautelar emitida pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná Ivan Bonilha, determinou que a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística e as prefeituras de Paranaguá e Pontal do Paraná adotem medidas para fiscalizar o transporte clandestino de passageiros para a Ilha do Mel.