Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

TCP realiza aportes a 11 projetos sociais no Litoral

O apoio é realizado por meio das leis de incentivo fiscal e beneficia comunidades nas áreas de cultura, esporte e saúde. União Alexandrense dá aulas de futebol para mais de 80 crianças e jovens | foto: Divulgação No segundo trimestre de 2023, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, realizou aportes a 11 projetos sociais divididos entre o Fundo para Infância e Adolescência (FIA) e as leis do esporte, idoso e Rouanet. Os aportes são realizados desde 2007 e já beneficiaram 53 instituições sociais e fundos de captação de recursos inscritos em leis de incentivo fiscal. De acordo com Patrícia Cobra, gerente de comunicação, marketing e assuntos administrativos, "há 16 anos o terminal destina parte do imposto das operações para projetos sociais da região como forma de estimular o desenvolvimento local e promover a cultura caiçara. Nosso compromisso com os parnanguaras é de incentivar cada vez mais o crescimento da cidade e da cultura local". Entre as instituições esportivas beneficiadas nesta edição está a Associação Recreativa, Cultural e Desportiva União Alexandrense. Localizada no bairro de Alexandra, a 19km da área central de Paranaguá, o projeto dá aulas de futebol para mais de 80 crianças e jovens entre 6 e 17 anos. Em relação aos projetos culturais, as propostas selecionadas envolvem atividades como circo, teatro, cursos de artes, exposições, música instrumental em escolas públicas, entre outros. Um dos projetos aportados é do Instituto Mirtillo Trombini, que oferecerá atividades artísticas gratuitas para crianças e adolescentes estudantes da rede pública de ensino. A atividade semanal ocorrerá no contraturno na sede do instituto, em Morretes, e terá duração de 3 horas. Outro projeto selecionado pela TCP é a exposição "60 anos do MAE-UFPR". No ano de comemoração de 6 décadas do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-PR) o museu recebeu o aporte da TCP para a exposição de aniversário, o lançamento de um livro comemorativo; e a realização de um Seminário Acadêmico sobre patrimônio, em Paranaguá. O projeto Criaturas Fantásticas, da Gloriosa Produção Cultural, também foi selecionado para receber o aporte. A proposta do programa é estimular a criatividade das crianças, que estarão presentes no processo artístico completo por trás da exposição. Resultados dos projetos anteriores Diversas instituições que já receberam aportes da TCP seguem realizando atividades em Paranaguá, sendo uma delas a ONG Coletivo Inclusão. Desde março deste ano o grupo realiza oficinas semanais de teatro e capoeira para mais de 120 alunos atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Paranaguá. No mês de junho outros dois projetos fizeram ações sociais em Paranaguá. Um deles foi a 2ª edição da CRIA – Mostra de Artes. A iniciativa da produtora Viravolta Cultural realizou espetáculos de teatro e música gratuita à comunidade escolar do município. O projeto foi aprovado novamente para receber aporte da TCP, garantindo mais apresentações aos parnanguaras inclusive no final deste ano. A segunda ação foi a entrega de 54 exemplares da obra "Os ilustres irmãos Rebouças", para 24 instituições de ensino estaduais de Paranaguá. O projeto desenvolvido pela Livraria Solar do Rosário foi uma contrapartida do projeto realizado via Lei Rouanet. Os Irmãos Rebouças é um livro que conta a história dos irmãos Antônio e André. Os dois foram os engenheiros responsáveis pelo projeto de construção dos 110 quilômetros da estrada de ferro, que liga Curitiba ao Porto de Paranaguá, cortando o terreno acidentado da Serra do Mar.

Estudo encontra praias de Guaratuba e Pontal contaminadas com microplásticos

Amostras são das Praias do Leste e Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, e Central e Brava, em Guaratuba Yan Mesquita realiza coleta na praia | foto: Divulgação UFPR Yan Mesquita é oceanógrafo, formado no Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Fez mestrado e, agora, doutorado com bolsa Caps, no Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos da UFPR. Atualmente, compõe a rede de pesquisa "Paraná pela Década do Oceano" da UFPR. Qual a sua linha de pesquisa? Tenho trabalhado, desde o mestrado e, agora, no doutorado, com a contaminação dos oceanos por microplástico. Avalio a presença, a distribuição e a classificação do que tem sido encontrado. O mestrado foi voltado para uma região de praias do Paraná e, agora, estou estudando a presença do microplástico na Baía do Almirantado, na Antártica, onde está a base de pesquisa Estação Antártica Comandante Ferraz. Quais os resultados? Na época do mestrado encontramos, nas quatro praias analisadas (Praia do Leste e Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, e Praia Central e Praia Brava, em Guaratuba), microplástico de vários tipos e cores, o que indica a contaminação vinda de fontes diversas. Eles estavam dispersos e as zonas mais superiores da praia, mais próximas da vegetação ou do calçadão – principalmente praias com bares e restaurantes – apresentaram quantidade maior de microplásticos. A declividade e o movimento de ondas e marés acumulou o resíduo ali. Então se pensa muito nos organismos que estão nessa zona superior, como as aves, que podem se engasgar, ter danos no trato digestivo ou serem contaminadas pelos aditivos químicos que são colocados nos plásticos. Assim como eles, é ruim para todos os serem que interagem com as partículas. E como será a continuidade no doutorado? No doutorado, sob orientação da professora Renata Hanae Nagai, vou olhar amostras da Baia do Almirantado para buscar um padrão de distribuição dessas partículas e ter uma análise temporal. Olhando para testemunhos de segmentos, vemos que cada camada de sedimento, areia ou lama corresponde a alguma época. E a gente consegue analisar, ao longo do tempo, se houve alguma variação. Entrei há seis meses, estou pesquisando a área e qual é o conhecimento que já sem tem sobre contaminação na Antártica, para entrar na próxima etapa de análise das amostras. Eu acredito que terá havido aumento de contaminação por microplástico. Qual é a relevância da sua pesquisa? O ambiente antártico é bastante desconhecido. Embora haja outros trabalhos, o nosso analisa a distribuição e tenta identificar as fontes de que estão contribuindo para a poluição: se causada pelas estações de pesquisa, por navios de cruzeiro, ou se é contaminação generalizada, com partículas vindo de outras regiões. Além disso, a abordagem temporal – recuperar o que aconteceu ao longo do tempo – é inédita nessa região. Queremos entender se aconteceu algo parecido em outros lugares do mundo, onde também tem gente, e qual é a resposta do ambiente para essa fonte de poluição. Fale sobre o projeto Paraná pela Década do Oceano da UFPR. Esse é um projeto de extensão, da UFPR, alinhado com a iniciativa ‘Década do Oceano’, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A ideia é difundir o conhecimento sobre os oceanos como forma de fomentar a conscientização e a conservação, levando esse conhecimento tanto para dentro das escolas e da Universidade, quanto para o poder público, dialogando com casas parlamentares, Ministério Público e outros, para que todos os atores tenham a melhor informação possível para tomar decisões. A ideia é levar o conhecimento para fora de forma mais ativa. Qual a importância da Capes na sua vida acadêmica? A bolsa foi essencial. No mestrado e no doutorado estamos fazendo um curso, uma especialização que é trabalho também, e a bolsa CAPES é a nossa remuneração por esse trabalho de pesquisa que, no fim do curso, gera conhecimento novo para a sociedade, para o País. É difícil dedicar mais tempo a outra coisa, esse trabalho com amostras requer que a gente fique manhã, às vezes tarde e noite, ou quando estamos conduzindo experimentos, final de semana. É o sustento realmente. Yan Mesquita analisa amostra em laboratório no Centro de Estudos do Mar da UFPR | foto: Divulgação UFPR Fonte: Redação CGCOM/Capes (MEC)

TJ-PR aceita revisão criminal e uso de fitas no caso Evandro

O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu, nesta quinta-feira (24), aceitar a revisão criminal e o uso de gravações de possíveis torturas de dois condenados pela morte do menino Evandro Ramos Caetano: Davi dos Santos Soares e Oswaldo Marcineiro.

Projeto de Monitoramento de Praias completa 8 anos hoje

Nesta quinta-feira (24), o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) completa 8 anos de atividades na costa dos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.