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PF deflagra operação contra crimes ambientais em Matinhos

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (26), a Operação Ampulheta, com foco na repressão a crimes ambientais e a usurpação de bens da União.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Matinhos, expedidos pela 23ª Vara Federal de Curitiba, após representação da autoridade policial e manifestação favorável do Ministério Público Federal.

O caso teve início com a lavratura de um auto de infração pela Polícia Ambiental – Força Verde em 2019, após requisição de fiscalização feita pelo Ministério Público do Paraná, em que se verificou que uma empresa de serviços de terraplanagem, sediada no município, tinha causado dano ambiental de grande monta devido à mineração de areia sem autorizações nem licenças dos órgãos competentes.

A investigação confirmou a inexistência de título autorizativo da atividade minerária, bem como apurou que os envolvidos já contavam com histórico de autuações por infrações contra o meio ambiente desde 2012. Além da extração mineral irregular, verificou-se a supressão da cobertura vegetal do bioma da Mata Atlântica, a modificação da topografia do terreno e a perda de habitat para a fauna silvestre. A área impactada foi mensurada em cerca de 144 mil metros quadrados, com os danos mensurados em, pelo menos, R$ 2 milhões.

Com a diligência, pretende-se delimitar as pessoas responsáveis pela atividade, bem como identificar os compradores dos minérios e os beneficiários dos serviços prestados pela empresa.

Após a conclusão das análises, o caso será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário federais para a responsabilização dos envolvidos.

Nome da Operação

Ampulheta é um antigo artefato utilizado para a medição do tempo, composto por dois compartimentos simétricos de vidro que se conectam por um estreito, funcionando com a ação da gravidade. No caso, a mineração ilegal de areia em área de Mata Atlântica é ação que tem se protraído no tempo, praticada por pessoas que já contam com antecedentes por infrações ambientais.

Fonte e fotos: Comunicação Social da Polícia Federal em Paranaguá
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