Porão de navio explode na baía de Paranaguá
A Marinha e Administração do Porto de Paranaguá estão investigando a explosão, ocorrida na tarde desta segunda-feira (28), no navio mercante Akaki.
De acordo com a Capitania dos Portos do Paraná será aberto um Inquérito Administrativo Sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas da explosão, ocorrida por volta das 13h30, no porão nº 3 do navio de bandeira do Chipre.
No momento da explosão, o navio encontrava-se fundeado no interior da baía de Paranaguá e se preparava para suspender para o Vietnã, carregado de milho. Não houve feridos. O navio não teve danos no casco e não há derramamento de óleo no mar.
O tráfego de outros navios na região está mantido. A CPPR informa que o inquérito tem um prazo inicial de 90 dias para ser concluído, podendo ser estendido. O navio permanecerá em Paranaguá até que as diligências sejam encerradas.
Causa pode ser formação de gás no porão
De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o acidente aconteceu na área interna nº 01 e foi notificado por volta das 15h.
O navio concluiu o carregamento de 65 mil toneladas de milho no berço 214 do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, desatracou no domingo (27), às 16h29 e deslocou-se a pedido do armador para a área de fundeio nº 01, para carregar combustível para a viagem até o Porto de Kaohsiung, na China.
Imediatamente após a notícia da ocorrência, a Appa, seguindo procedimento de emergência acionou o seu Plano de Emergência deslocando as equipes para região do Navio.
As informações obtidas até o presente momento mostram que não houve feridos tampouco vazamentos de qualquer natureza na baía de Paranaguá.
As Autoridades Ambientais e a Marinha já foram informadas do ocorrido e a Appa continuará prestando apoio à embarcação.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina já instaurou procedimento averiguatório para identificar os motivos e efeitos da explosão noticiada.
Segundo a Appa, explosões desta natureza podem se dar em função da formação de gás no porão, por conta do produto (milho) e da alta temperatura registrada no momento da notícia de explosão (29° C), combinada com os procedimentos de fumigação (tratamento químico para controle de pragas), ou ainda imperícia nos procedimentos internos da tripulação.
O navio permanecerá retido em Paranaguá pela Capitania dos Portos do Paraná até que se verifique todas as condições de segurança da embarcação.
Durante as próximas 24 horas, técnicos especializados permanecerão a bordo para realizar inspeções para levantar os danos e identificar a possibilidade ou não continuar a viagem.