Promotores de eventos querem esclarecer critérios na realização do “Verão Maior” do Paraná
Entidade busca informações do balanço orçamentário, razão social de empresas e artistas contratados e se são paranaenses, ocorrências policiais, violência, público, comércio, entre outros
O Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Estado (Sindiprom/PR) encaminhou nesta quinta-feira (29), ofício ao secretário da Casa Civil do Governo do Estado, José Carlos Ortega, pedindo esclarecimentos sobre o projeto Show Verão Maior do Paraná na região litorânea. A intenção é esclarecer informações relevantes e “principalmente os critérios de escolha dos organizadores, promotores e artistas” envolvidos nas apresentações. Os dados poderão servir de parâmetro na destinação correta de recursos e outras ações ou para próximas edições, ressalta a entidade.
O Verão Maior mobilizou, durante os 72 dias de duração, aproximadamente 4 milhões de pessoas e “injetou” R$ 107 milhões no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, segundo dados do Governo do Estado. O Sindiprom solicita ao chefe da Casa Civil encaminhar cópia às secretarias de Turismo, Segurança Pública e Esportes, que estiveram na linha de frente da organização e realização das apresentações. O presidente Fabio Aguayo afirma que, esclarecer as dúvidas vai ajudar o setor a compreender melhor todo o processo nas demais ações de atração de turistas e que exijam grandes infraestruturas.
Entre as dúvidas, o sindicato pede os dados do balanço orçamentário da realização dos shows na temporada 2023/2024, incluindo detalhes como razão social das empresas e artistas contratados, custo de cada contratação e dotações orçamentárias fontes. A organização pede a lista de todos os artistas contratados, contendo também a informação sobre quais desses são genuinamente paranaenses, ou seja, se desenvolveram artisticamente dentro do Estado e qual foi a empresa intermediária que contratou os artistas.
O Sindiprom quer saber também qual foi a empresa montadora da estrutura e o custo, modelo/modalidade de seleção dos artistas e da estrutura e montagens, custo total do evento e público total e público por show. O sindicato solicitou ainda informações de ocorrências policiais e a estimativa de aumento de movimento no comércio da região e entorno dos shows, custos de hospedagens dos profissionais e artistas, de pagamento de Direitos Autorais do ECAD e se foi transmissão na TV aberta ou parceria.
Segurança e economia
Os dados solicitados irão contribuir no aspecto de planejamento de grandes eventos tanto no litoral como na capital e interior do estado, afirma Fabio Aguayo. “Muito importante para o nosso setor ter números de ocorrências policiais, violência, público, comércio, dentre outros, servirá como suporte para a elaboração e ampliação de beneficiários e aplicação correta e democrática das próximas emendas orçamentárias e direcionamento de investimentos do erário”, afirmou.
O requerimento e todos os pedidos de informações solicitados, segundo o Sindiprom, estão amparados na Lei de Acesso à Informação e em consonância com o Artigo 10 e seguintes da Lei n° 12.527/2011, sendo vedada qualquer exigência relativa à motivação ou que inviabilizem a solicitação. “Importante ressaltar que é assegurado a qualquer cidadão ou entidade de classe apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos públicos integrantes da administração pública”, completa Aguayo.