Roteiro turístico “Mulheres de Paranaguá” resgata história da cidade e do estado

O roteiro turístico “Mulheres de Paranaguá”, com apoio da Prefeitura – numa parceria entre as secretarias de Turismo e da Mulher – foi apresentado na tarde desta sexta (21).
Foi um evento turístico cultural que, segundo as pastas responsáveis, valoriza a história de sete mulheres que foram formadoras de opinião, cada uma no seu tempo, todas durante os 376 anos de Paranaguá. São mulheres que ajudaram a construir a história da cidade através da política e da arte, da educação e do desenvolvimento econômico e social.
O trajeto começou em frente ao Teatro Municipal Rachel Costa. “Destacar e contar a história dessas sete mulheres que se destacaram em nossa cidade é a ideia principal deste roteiro. O roteiro retrata e relembra a história delas, que deram sua voz à cidade. Nesse roteiro, passamos em sete pontos estratégicos onde são apresentadas essas mulheres, mulheres daqui que trabalham com o turismo na cidade”, destacou Paula Torres, secretária municipal de Turismo.

Ao longo da caminhada, houve paradas estratégicas, hora de contar mais sobre as homenageadas, destacando as sete mulheres: Rachel Costa, Cordula Rodrigues França, Iria Correia, Ludovica Bório, Jessic James, Júlia da Costa e Baronesa do Serro Azul. Algumas, inclusive, dão nomes a ruas em Paranaguá, Curitiba, Pontal do Paraná e outras cidades do estado.

Fabiana Parro, a vice-prefeita, também fez questão de estar no roteiro “Mulheres de Paranaguá” e falou sobre a representatividade de um evento com esta importância. “É um evento muito especial. Reviver essas mulheres, contar a história um pouquinho de cada uma delas nesse percurso é um evento muito especial para nós mulheres. E, além disso, um mês de março, um mês tão importante para nós, uma tarde agradável e muito especial. E muitas mulheres nem sabem dessas mulheres. Então é uma forma da gente conhecer e saber da importância que elas têm na nossa história”, disse Fabiana.
A primeira-dama Patricia Bamvakiades Ramos também caminhou pelas ruas do centro histórico e relatou esse momento. “É um momento bem especial, mulheres reconhecendo outras mulheres que vieram antes de nós, e mulheres que foram importantes na nossa cidade, que deixaram o legado. Então esse reconhecimento é bem especial, bem importante, e é importante nós reconhecermos isso nessas mulheres que já passaram, e o que nós podemos aprender com isso também, como nós podemos nos colocar na sociedade hoje como mulher”, destacou a primeira-dama de Paranaguá.

A secretária municipal da Mulher, Daiane Christakis, destacou a importância do evento e do mês das mulheres. “A gente tem que pensar que a mulher está inserida em todos os contextos e aqui estamos pensando na mulher voltada ao turismo e há um conhecimento histórico da nossa cidade. É um projeto que partiu do turismo, que nos colocou também como parceiros nessa nova empreitada, nessa rota, que é tão importante a gente destacar a história das mulheres também, porque muitas vezes a gente lembra dos nomes históricos dos grandes homens e não por que das grandes mulheres”, enfatizou a secretária da Mulher.

As sete mulheres de Paranaguá:
– Rachel Costa foi uma figura importante na educação e cultura de Paranaguá, conhecida por sua dedicação ao ensino e à formação de jovens.
– Cordula Rodrigues França destacou-se por sua atuação social e cultural na cidade, contribuindo para a valorização das tradições locais.
– Iria Correia foi a primeira pintora reconhecida do Paraná, especializada em retratos a óleo e miniaturas. Além de artista, também foi professora de pintura e desenho.
– Ludovica Caviglia Bório foi uma educadora italiana que fundou o Colégio Ludovica Bório, referência na formação de jovens em Paranaguá. Além do ensino formal, promovia artes como bordado, pintura e piano.
– Jessic James foi professora que, junto com sua filha, dirigiu um dos primeiros colégios particulares femininos do Paraná, localizado em Paranaguá, proporcionando acesso à educação para meninas da região.
– Julia da Costa foi uma poetisa romântica do século XIX, uma das primeiras escritoras paranaenses. Sua obra é marcada por sentimentos profundos e melancolia, influenciada por sua vida pessoal e amores proibidos.
– Baronesa do Serro Azul foi uma mulher forte e resiliente, que enfrentou adversidades após a morte do marido, o Barão do Serro Azul. Foi benfeitora de diversas instituições assistenciais, deixando um legado de filantropia e resistência.