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TCP divulga projetos sociais da primeira rodada de apoios de 2025

Foto: Acervo Hospital Angelina Caron

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, divulgou a lista dos 19 projetos sociais, culturais e esportivos selecionados na primeira rodada de aportes de 2025.

As iniciativas foram aprovadas por meio de leis de incentivo fiscal: 8 via Lei Rouanet, 4 pelo Fundo da Infância e Adolescência (FIA), 2 pela Lei do Idoso, e 5 pela Lei de Incentivo ao Esporte. Desde 2007, a empresa já apoiou 149 projetos, e outras três rodadas estão previstas até o fim do ano.

Segundo Patrícia Cobra, gerente de marketing e assuntos administrativos da TCP, a diversificação das propostas inscritas refletem o compromisso de apoiar iniciativas que beneficiem as populações atendidas de forma complementar. “Os projetos em que o Terminal aporta atendem desde comunidades insulares de Paranaguá até as regiões metropolitanas da capital paranaense. Nosso objetivo é participar da construção de um futuro mais inclusivo, com mais acesso à cultura, educação, lazer e saúde de qualidade para as pessoas”, afirma.

Embarcação leva cultura e educação ambiental às ilhas

Projeto deve atingir cerca de 2.000 pessoas em mais de 10 localidades | foto: Divulgação

No projeto “Ilha, Arte e Palhaçaria”, uma embarcação cruza as águas de Paranaguá levando a arte da palhaçaria às comunidades insulares do litoral do Paraná. Nesta segunda edição, estão previstas 34 apresentações em um roteiro que contempla dez ilhas: Amparo, Valadares, Cotinga, Teixeira, Piaçaguera, Ponta de Ubá, São Miguel, Rasa, das Peças e do Mel. Em cada parada, o grupo se apresenta em escolas, praças e espaços comunitários, promovendo espetáculos gratuitos que despertam reflexões sobre meio ambiente e identidade cultural.

Durante a primeira edição, realizada em 2023, as apresentações foram marcadas por histórias de vida, trocas culturais e aprendizados sobre os tempos das marés e os modos de vida das ilhas. Com a estimativa de alcançar cerca de 2 mil pessoas, o espetáculo atual ganhou o formato de uma missão cômica e investigativa, na qual os palhaços percorrem as ilhas em busca de soluções para os impactos da poluição e da má gestão do lixo.

Já a escolha dos locais segue um critério claro: são comunidades historicamente afastadas de programações culturais, muitas com difícil acesso e pouca presença de políticas públicas. “A dramaturgia convida o público a refletir sobre sustentabilidade de maneira leve e participativa, envolvendo crianças, jovens e adultos num espaço de diálogo intergeracional. Muitos nunca tiveram contato com esse tipo de espetáculo, e isso cria uma conexão muito poderosa”, destaca Flávia Bertoldi, diretora de produção do projeto.

Segundo ela, a parceria com a TCP tem sido essencial para viabilizar o circuito. O apoio, por meio da Lei Rouanet, garante a logística do projeto e amplia o acesso à arte em regiões afastadas. “Levar um espetáculo até esses territórios é mais do que uma ação artística — é garantir o direito ao riso, à escuta e ao encontro” completa.

Transformação social e revelação de talentos no esporte

Atletas do time adulto são 90% da base local, incentivando a continuidade do esporte em Paranaguá | foto: Manoel Aleixo

O projeto “Por um Futsal Mais Forte”, criado pela Associação de Pais e Amigos do Futsal (Apaf) com o objetivo de promover transformação social por meio do esporte, oferece aulas gratuitas para crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade em Paranaguá. Atualmente, cerca de 600 participantes, do sub-6 ao time adulto, são atendidos em polos distribuídos por escolas municipais, como o Costa e Silva, Bento Munhoz da Rocha Neto, Randolfo Arzua e Eva Cavani.

Mais do que o desempenho nas quadras, a iniciativa investe na formação integral dos jovens, com rodas de conversa, oficinas de cidadania e acompanhamento psicossocial. Também mantém um núcleo de educação especial, em parceria com o município, que atende cerca de 50 alunos com necessidades específicas. Com o apoio da TCP, o projeto conta com professores qualificados, estagiários, fisioterapeutas, nutricionistas, estrutura completa e suporte logístico para campeonatos.

Com 90% do elenco adulto formado por atletas revelados no próprio projeto, a iniciativa se tornou um verdadeiro celeiro de talentos. Os resultados comprovam o trabalho: o projeto já soma títulos estaduais e nacionais nas categorias de base, consolidando-se como referência em formação esportiva no Brasil. Muitos dos jovens atendidos têm hoje o esporte como sua fonte de renda, e podem até mesmo receber bolsas da Apaf para cursar educação física.

“Temos jovens que chegaram tímidos, com dificuldades familiares, e hoje são líderes em quadra e fora dela. Já colocamos quatro atletas em equipes da Liga Nacional de Futsal. Um deles começou conosco aos 10 anos, depois que seu pai foi preso por tráfico. Hoje ele viaja o país jogando profissionalmente”, conta Rodrigo Gonçalves, supervisor do projeto e pai de atleta. “Ver esses meninos saindo do estado pela primeira vez, pegando um avião para disputar e vencer um campeonato brasileiro é algo que não tem preço. E tudo isso só é possível com o apoio da TCP, que acreditou e investiu no nosso sonho coletivo”.

Tecnologia, cuidado e dignidade no atendimento à população idosa

Em um hospital em Campina Grande do Sul, uma equipe multidisciplinar se reúne diariamente para discutir planos personalizados de atendimento a idosos. Essa é a rotina do projeto “Idoso 360”, realizado pelo Hospital Angelina Caron, que conta com o apoio da TCP e está em sua terceira edição. A proposta é simples na forma, mas ambiciosa no conteúdo: oferecer cuidado integral, humanizado e tecnológico à população idosa.

O projeto prevê, entre 2025 e 2026, atendimentos, consultas especializadas, suporte psicológico, programas de alfabetização e melhorias na infraestrutura, com o uso de tecnologias como biodigestores e painéis solares. Também estão planejadas a criação de um centro cirúrgico inteligente, o avanço de pesquisas em cardio-oncologia e a implementação de estratégias como reabilitação neurológica, apoio à saúde mental e capacitação para cuidados domiciliares — iniciativas que contribuem para reduzir internações prolongadas e promover mais autonomia aos idosos.

“A parceria com empresas privadas, como a TCP, por meio de incentivos fiscais, garante a expansão e o aprimoramento do Idoso 360 III. Com esses recursos, conseguimos investir em tecnologia de ponta, qualificar nossas equipes e ampliar o impacto do projeto na comunidade. Essa união entre setor privado e saúde transforma o cuidado com o idoso e fortalece o compromisso social das empresas envolvidas”, afirma André Vieira, gerente de investimento social.

Iniciativas ampliam o impacto na saúde, cultura e esporte

Entre os projetos apoiados via Fundo da Infância e Adolescência está o “O Pelo Direito à Vida IV”, do Hospital Pequeno Príncipe, que oferece assistência hospitalar e ambulatorial de qualidade, além de investir na formação de profissionais e na pesquisa em saúde infantil.

Na área esportiva, a “Escolinha de Triathlon de Paranaguá” promove o acesso ao esporte para jovens em situação de vulnerabilidade, com foco na formação de atletas de alto rendimento. O projeto “Judô para Transformar Vidas” oferece aulas gratuitas para estudantes da rede pública, trabalhando disciplina e desenvolvimento pessoal. Já o “Infância 360” busca qualificar o atendimento pediátrico por meio de estrutura moderna, equipe especializada e ações integradas em saúde, educação e assistência social.

Na cultura, a 14ª edição do “Olhar de Cinema”, festival internacional sediado em Curitiba, exibirá cerca de 80 filmes, com sessões gratuitas ou a preços populares. A programação também inclui oficinas, cursos, podcasts e uma plataforma digital dedicada ao cinema independente. Outro projeto de destaque é o “Trançando Culturas”, que levará oficinas ambientais para crianças e adolescentes em situação de internamento atendidas pelo Hospital Pequeno Príncipe.

“A TCP acredita que a construção de um futuro mais sustentável e humano, com acesso ao esporte, cultura e educação de qualidade, é feita de forma coletiva. Por isso, o Terminal investe há 18 anos em parcerias com projetos que gerem impacto social, e seguiremos firmes neste compromisso”, finaliza Patrícia.

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