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Vazamento: famílias voltam para casa com promessa da Terin e autorização da Defesa Civil

Cenas do bairro sendo bloqueado nos primeiros dias após o acidente

Depois de 19 dias, as seis famílias que tiveram de deixar suas casas no bairro do Rocio por causa do vazamento de nafta no terminal da empresa Terin, finalmente puderam retornar. Foram 27 pessoas que tiveram que se abrigar em casa de parentes e amigos.

A autorização para o retorno foi dada pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Paranaguá, na última sexta-feira, dia 28.

A Terin informou que houve acordo com as famílias desalojadas, que, segundo sua advogada, queriam garantias de que o local estava seguro, além de uma indenização, mas não disse o valor, nem deu outros detalhes.

“Foi aceito, também, com a participação do Ministério Público de Paranaguá, da Defensoria Pública e com a representante das famílias, o Auxílio Emergencial oferecido pela Terin”, diz nota, encaminhada ao Correio. A empresa conclui o texto, dizendo que permanece tomando todas as medidas necessárias, técnicas, operacionais e sociais”.

Investigações em curso

O vazamento ocorreu em 9 de abril nos dutos da empresa Terin enquanto um navio descarregava o produto no terminal da empresa, no Porto de Paranaguá. O líquido vazou pela rua e pelos bueiros e há a suspeita que chegou a contaminar a baía de Paranaguá. Foram descobertas 8 rupturas no duto subterrâneo entre o que tem 1.800 metros.

A nafta é base para a fabricação de combustíveis e é altamente inflamável e tóxica. Ela trazia risco de explosões às casas próximas a galerias pluviais onde o líquido esparramou.

Agora ainda não se tem um laudo final sobre as condições de contaminação. O Instituto Água e Terra (o IAT) informou que, na semana passada foi feita uma nova análise em relação a possíveis pontos de contaminação na baía de Paranaguá. O resultado deve sair ainda nesta semana. “É com base nesse levantamento que será produzido o laudo final, com possíveis sanções à empresa”.

O órgão estadual mantém interditada a pesca na baía em um raio de 3 quilômetros do terminal marítimo.

O vazamento está sendo investigado inclusive pela Polícia Federal e tramita em segredo de justiça na 23ª Vara Federal, de Curitiba.

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