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Em Guaratuba, prevenção à dengue começa na escola

Nesta quinta-feira (12), o prefeito Roberto Justus reuniu o Comitê Municipal de Combate a Arboviroses (zika vírus, dengue, febre chikungunya, febre amarela e outras emergentes) e Controle do Aedes aegypti. Durante a semana, houve várias ações contra a dengue, desta vez integradas à prevenção do corona vírus e outras doenças.

No Paraná, já são mais de 52 mil casos de dengue, segundo o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na terça-feira (10). Dos 399 municípios, 285 tem casos confirmados e 124 estão em situação de epidemia.

No Litoral, que já vivenciou uma situação grave de epidemia em 2016, com mais de 15 mil casos em Paranaguá, a situação está sendo mais controlada. Paranaguá apresentava no boletim da Sesa 24 casos confirmados no último boletim, sendo 23 autóctones (contraídos no município) e 1 importado. Matinhos, 2.

Dados atualizados da Secretaria Municipal de Saúde, mostra que existem 10 casos em Guaratuba. São 9 casos importados e 1 com a origem sendo investigada (trata-se de um morador de Guaratuba que esteve viajando).

Desde 2017 existe o Programa Municipal de Controle da Dengue e Outras Arboviroses.O trabalho de prevenção começa nas escolas e vai até a casa das pessoas. Professores da rede municipal recebem formação e um material didático para levar orientações aos alunos.

Nessa semana, a equipe da Secretaria da Saúde realizou palestras nas escolas com orientações para os alunos do ensino fundamental e médio.

Nas ruas, os agentes de controle de endemias fazem o controle da presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya, febre amarela e também prestam orientações à população.

O controle da presença do mosquito no Município alcança mais de 30 mil imóveis. Em 2019, foram feitas 56.621 visitas em 31.836 imóveis identificados– mais da metade dos 108 mil imóveis visitados em todo o Litoral no ano, o que mostra a abrangência da prevenção em Guaratuba. Além dos imóveis residenciais, comerciais, terrenos baldios praças, escolas, unidades de saúde e outros prédios públicos vistoriados periodicamente, o trabalho da Vigilância Sanitária e Ambiental também ocorre em 54 pontos estratégicos, que são locais mais propensos a criadouros do mosquito, como borracharias, lojas de material de construção, ferro velho, prédios abandonados etc., com vistoria a cada 15 dias.

O controle é feito com a colocação de armadilhas e, principalmente, com a visita dos agentes de endemias. Em 2019, foram detectadas a presença do mosquito em 309 imóveis. Isso não significa que os mosquitos estão com o vírus, mas revela que o índice de infestação predial de 0,89% – abaixo do 1% que é considerado um índice baixo.

Este levantamento demonstrou que em 82% das situações, o mosquito foi encontrado em residências com moradores e em 92% em lixo domiciliar. Não foi encontrado o mosquito em piscinas de imóveis desocupados e em valetas e canais de drenagem. Quando é encontrado um foco do mosquito, a área é delimitada em 300 metros ao redor e fica em monitoramento por 18 meses.

Visitas também foram feitas em casas de “turistas” quando estes estavam presentes durante a temporada ou com o apoio das imobiliárias, caseiros e empresas de segurança. Nestes imóveis não foi constatado a presença do mosquito da dengue (Aedes aegypti). Este fato comprova que o mosquito da dengue tem comportamento de afinidade pelo ser humano e a necessidade do seu sangue (sugado pela fêmea) para a formação de seus ovos.

Fique por dentro

O Programa Municipal de Controle da Dengue e Outras Arboviroses (PMCDA) tem hoje cadastrado 31.836 imóveis.

No ano de 2019 foram realizadas 56.621 visitas em todos os bairros. Residências, comércios, terrenos baldios, praças, escolas, unidades de saúde e outros prédios públicos foram visitados.

54 Pontos Estratégicos foram cadastrados (imóveis que devido sua característica apresentam maior risco da instalação do Aedes aegypti. Estes imóveis são visitados quinzenalmente

No ano passado, em 283 imóveis foram identificadas a presença do Aedes aegypti. Dados atualizados em 2020, apontam que são 309 imóveis.

Ao redor dos imóveis positivos foi feito um raio de até 300 metros e visitas e todos os imoveis foram visitados. Esta ação é chamada de bloqueio.

Estes imóveis estão sendo acompanhados com visitas mensais e só serão descadastrados como imóveis positivos depois de 18 meses de negativados.

Os imóveis positivos em sua maioria são residências: 82%.

100% dos imóveis positivos são de moradores de Guaratuba.

92% dos recipientes, criadouros, onde foram encontrados os mosquitos da dengue são os de origem domiciliar (lixo domiciliar, copos plásticos, plástico, vasos de flores, moveis, resto de construção, latas de tinta, brinquedos plásticos) que são mantidos no terreno ou descartados de forma incorreta.

Nenhuma larva do Aedes aegypti foi encontrada em valeta, piscina ou água parada em terrenos baldios alagados.

Os bairros mais afetados pelo Aedes aegypti são os bairros com maior número de moradores fixos (Caieiras, Centro, Cohapar, Canela, Piçarras e Mirim).

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