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Biblioteca de Guaratuba reabre em prédio revitalizado e com medidas de prevenção

A Biblioteca Pública Municipal de Guaratuba foi reaberta em um novo espaço, no Casarão revitalizado da antiga Faspar, onde também funcionou a Escola de Pescadores Marcílio Dias. Fica no Parque de Eventos, junto com a nova sede da Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo. O horário de funcionamento é das 8h às 14h.

Alguns cuidados no atendimento estão sendo tomados em virtude da pandemia do coronavírus, como por exemplo, a pessoa não poderá manusear os livros, a bibliotecária é quem faz a entrega. Na devolução, será feita a higienização e o livro será deixado em quarentena antes de voltar à estante.

Na nova Biblioteca, também está acontecendo uma exposição da artista plástica Birgitte Tummler sobre a Avifauna Brasileira, no salão destinado a exposições e outras atividades culturais. As obras ficarão expostos até 6 de novembro. Um belo quadro do “Guará”, foi doado à Biblioteca pela artista e ficará permanentemente no local.

A nova Biblioteca Pública fica em um imóvel  que foi totalmente reformado, mas manteve as características do prédio antigo.

Anteriormente, ela estava localizada na rua Capitão João Pedro, em um sobrado alugado, chamado popularmente de “Castelinho” por conta do estilo de sua fachada.

Segundo a funcionária que, desde 1988, cuida da Biblioteca, Marlene Wolf dos Santos, esta mudança foi um presente, com espaço maravilhoso, claro e arejado, para uma biblioteca funcional e ativa. A Secretaria da Cultura e Turismo pretende realizar vários projetos conjuntamente com a Secretaria Municipal da Educação, tão logo seja possível fazê-lo, por conta da pandemia: “Pretendemos fazer muitas atividades com as crianças, programas de leitura, teatro e cinema, aqui tem um espaço maravilhoso para isso,” afirma emocionada Marlene.

História da Biblioteca

A primeira Biblioteca Pública de Guaratuba foi fundada na gestão do prefeito Orlando Bevervanso, em 1968. Era uma sala única, pequena, com uma estante, uma mesa e dois bancos, na rua Carlos Mafra, em frente de onde hoje encontra-se a Câmara de Vereadores.

Em abril do ano de 1970, o então prefeito Miguel Jamur, inaugurou no imóvel onde funcionava provisoriamente a Prefeitura, nas proximidades das Caieiras uma nova sala para a Biblioteca. No ano de 1980, o pequeno acervo foi transferido para um Barracão que ficava no pátio da Fonte do Largo da Carioca, em frente à Santa Casa de Misericórdia, atualmente Hospital Municipal.

O local era utilizado também como sala de artesanatos, onde todas as tardes reuniam-se as senhoras da comunidade para praticarem trabalhos manuais. Em 1982, na gestão Acir Braga, a primeira-dama Marli Lucinda Braga adotou o local, organizando não apenas artesanatos, mas também ofertando instruções para a culinária, praticando juntamente com as senhoras que ali frequentavam, receitas para doces caseiros.

No ano de 1985, a professora Maria do Rocio Bevervanso, a convite de Acir Braga, assumiu o Departamento Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Turismo, que ao longo dos anos e com o apoio da servidora Marlene dos Santos, foi reativando a biblioteca. Improvisaram uma estante com tábuas e tijolos, ganharam de doação uma mesa grande com dois bancos.

Organizaram de imediato uma campanha para arrecadações de livros, e, aos poucos, o acervo foi sendo ampliado, com enciclopédias, revistas, livros científicos, gibis, entre outros. Permaneceu no mesmo espaço a Biblioteca por aproximadamente 8 anos e devido ao elevado número de exemplares ganhos, o local tornou-se pequeno e inviável.

Em 1997, o então prefeito Everson Kravetz alugou o imóvel da rua Capitão João Pedro, o Castelinho, e transferiu todos os livros para o local onde ficou até a mudança para o Casarão.

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