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Seis colégios do Litoral já aprovaram modelo cívico militar

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Seis colégios estaduais do Litoral do Paraná serão transformados em colégios cívico-militares em 2021 e em três ainda não foram concluídas as consultas, aponta balanço da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte desta terça-feira (3), atualizado pelo Núcleo Regional de Educação.

Para aprovar o novo modelo, é necessário que votem 50% mais um dos membros da comunidade escolar – formada por professores, funcionários, pais e alunos com mais de 18 anos – e que 50% mais 1 dos votantes opte pelo “sim”.

A aprovação mais expressiva foi no Colégio Estadual 29 de Abril, em Guaratuba, com 95% a favor. No entanto, apenas 50,1% das pessoas que poderiam votar compareceram, já que a consulta encerrou logo após atingir o quórum. Foram 496 votos a favor e apenas 24 contra: 520 votantes de um total de 1.020 pessoas que formam a comunidade escolar.

Já foi aprovada a mudança nas seguintes instituições:

Guaratuba: C.E. 29 de Abril – 95% a favor, 50,1% de comparecimento

Antonina: C.E. Moyses Lupion – 76% a favor, 50,1% de comparecimento

Matinhos: C.E. Professora Abigail dos Santos Correa – 79%, 50,3% de comparecimento

Paranaguá: Escola Estadual Faria Sobrinho – 77% a favor, 55,8 % de comparecimento – e C.E. Helena Viana Sundin (ainda não divulgado)

Pontal do Paraná: C.E. Helio Antonio de Souza – 90% a favor, 50,2% de comparecimento.

Em dois colégios de Paranaguá, Dídio Augusto de Camargo Viana e Zilah dos Santos Batista, ainda não havia sido atingido o quórum no final desta tarde.

A consulta prosseguirá até as 20h desta quarta-feira (4). A consulta começou na terça-feira (27), um dia depois de o governo anunciar o polêmico projeto. Além das duas escolas de Paranaguá, outras 16 no Estado ainda não atingiram o quórum. Das 216 escolas escolhidas para adotar o modelo cívico-militar, 176 aprovaram e 21 rejeitaram.

Confira como foi a votação em 5 dos colégios do Litoral – a Secretaria não havia divulgado o resultado do Colégio Estadual Helena Viana Sundin.

A nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis. As aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá um diretor-geral civil e um diretor-auxiliar civil, um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.

A APP-Sindicato, que representa os professores estaduais critica a mudança e o processo de militarização da educação. Professores destacam que todos os recursos para o programa sairão do orçamento da Educação e que serão gastos em uniformes e pagamento dos militares.

Credenciamento – O processo de inscrição para diretor-geral dos colégios cívico-militares, destinado aos profissionais da Educação, já está aberto. Veja mais detalhes e consulte o edital em: www.educacao.pr.gov.br/credenciamento_diretores.

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