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Carceragem da Delegacia de Guaratuba vai passar para o Depen

A carceragem da Delegacia da Polícia Civil de Guaratuba passará a ser administrada pelo Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). Nesta quarta-feira (4), o governador Ratinho Junior assinou decreto mudando a gestão das carceragens provisórias das delegacias de 41 cidades do Paraná. No Litoral, apenas Guaratuba está sendo beneficiada.

Parte dos presos serão encaminhados para penitenciárias. Algumas carceragens vão permanecer nas cidades, mas sob responsabilidade do Depen, livrando os agentes para o serviço policial que é, sobretudo de investigação dos crimes. É o caso de Guaratuba.

A decisão foi comemorada pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná. A gestão pelo Depen vai liberar parcialmente os policiais para o serviço mais importante que é a investigação de crimes. “Esperamos que logo possamos sair desse prédio da Delegacia, deixando aqui só a cadeia pública, daí ficaremos livres definitivamente do atendimento a presos”, comentou o delegado Leandro Stabile, titular da 8ª Delegacia Regional de Polícia de Guaratuba. No momento, a carceragem da 8ª DRP abriga 35 presos.

Melhorar o trabalho policial e o tratamento dos detentos

Conforme o governo explicou, nas localidades em que não houver possibilidade de transferência imediata dos imóveis, Polícia Civil e Depen permanecerão no mesmo prédio, mas ele deverá ter entradas distintas e estruturas físicas independentes.

A Secretaria da Segurança Pública vai disciplinar a destinação dos presos que forem autuados em flagrante delito, bem como os que forem capturados em cumprimento de ordem judicial, sendo vedada a manutenção de pessoas em celas temporárias por prazo superior ao necessário para a conclusão dos procedimentos das autoridades policiais.

Segundo o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, Francisco Caricati, as transferências atendem dois benefícios: tratamento mais adequado aos detentos, na mesma rotina das unidades penais, e liberação definitiva dos policiais civis para seu serviço constitucional. “Esse modelo permitirá que o Depen possa fazer uma gestão mais ampla em relação a presos provisórios, o que envolve classificação e separação de perfis de presos, o que representa um grande avanço dentro da realidade do sistema penitenciário no Brasil”, explicou.

Jornal de Guaratuba / AEN

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