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Racismo causa indignação e coloca Guaratuba em destaque na mídia

Um caso de discriminação racial colocou Guaratuba na mídia neste final de semana. Na sexta-feira (28), uma mulher se recusou a ser atendida por um garçom negro do restaurante Cheroso, Evilásio José Santana Filho, conhecido como Café: “Não gosto da cor dele”, teria dito.

A proprietária do restaurante Josiele Nunes dos Reis Aguiar, “Josi Vini”, soube um pouco depois e denunciou o ocorrido em uma postagem no Facebook, em que aparece ao lado do garçom:

“Hoje no almoço aconteceu algo que me deixou triste e muito indignada. Uma cliente se recusou a ser atendida pelo nosso colaborador Café, dizendo não gostar da pele dele. O Café é mais que um colaborador .. é da família , e um ser humano maravilhoso. Eu realmente não sei em que mundo estamos .. só tenho que sentir pena de uma pessoa assim, pois no final todos iremos para o mesmo lugar. Inacreditável que existam pessoas assim .. ?

Nas redes sociais de Guaratuba, houve diversas manifestações de indignação repúdio. O fato repercutiu na imprensa local e do Paraná.

Uma denúncia na Polícia Civil deve ser registrado contra a cliente, que costumava frequentar o restaurante, mas que não tem a identidade conhecida. 

Se for configurada a injúria racial, conforme previsto no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, a autora poderá pegar pena de reclusão de um a três anos e ainda ter de pagar multa. De acordo com o dispositivo, injuriar seria ofender a dignidade ou o decoro utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

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