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Mulheres… Ah, mulheres!

Nesse dia 8 de março pactuou-se celebrar o Dia Internacional da Mulher, por ter sido neste dia que movimentos femininos saíram às ruas para pedir o direito de votar, hoje uma coisa corriqueira, e igualdade nos direitos de trabalho.

Coisas que hoje estão incorporados ao direito universal, embora a estrada seja longa, pois por questões religiosas, imitadas pela política dos homens, vários países abafam ou suprimem esses direitos, como se a mulher fosse um ser de segunda classe. Ainda há gente que pense assim…. até hoje muita gente pensa assim entre nós.

Até a primeira mulher na Presidência da República do Brasil, Dilma Vana Rousseff ainda sofre discriminações e ataques… até de mulheres! Pode isso?

Mas o que mais falar das mulheres? Parece tão lugar-comum ficar elogiando-as no seu dia.
Sou suspeito. Tenho três filhas, venho de famílias de avós, tias e primas muito presentes na minha vida. Portanto, minha vida foi cercada de muito paparico feminino, onde aprendi conhecer a fundo a psicologia do gênero, embora admita que ainda há muito que aprender. Como dizem: “Impossível conhecer a cabeça das mulheres!”.

Minha experiência profissional sempre me inclinou a escolher mulheres para os cargos mais próximos a mim.

Nos anos em que tive a grata satisfação de trabalhar na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, mais conhecida como APPA, ou simplesmente “Porto”, vários tabus foram quebrados nos anos de Governo Requião (2003-2010):

A primeira Diretora Técnica foi ocupada pela engenheira Maria Manuela Oliveira, a primeira diretora administrativo-financeira foi a competente Maria Angélica Leomil, hoje presidente da FUMCUL/Paranaguá.

Quando fiz uma viagem à China em 2009, fui obrigado a nomear meu sucessor interino na superintendência da APPA, e lá indiquei Maria Angélica, que por algumas semanas foi a primeira mulher a ocupar o cargo.

A chefia de seções, divisões e departamentos eram comandados por mulheres como Ana, Rosa Maria Rosa Ebina, Melissa, Carmen, Xênia, Aretusa entre outras. Secretárias e assessoras como Elisabeth, Cristina, Sâmar, Kelly, Priscila, Silvana, Maria Alejandra e por aí vai.

Eram a tropa de choque e de elite. Podíamos contar com elas para os trabalhos mais difíceis e complexos em um porto, atividade com forte rótulo masculino.

O que foi tabu, hoje está incorporado à atividade portuária, não apenas de Paranaguá, mas em outros portos brasileiros.

Mulheres sendo práticas de navios, policiais, operadoras de equipamentos em terminais, motoristas de equipamentos pesados, vão mostrando que a fragilidade é mais de estrutura óssea e muscular do que de caráter e força interior, onde elas dão de goleada nos homens.

Fidelidade, foco e concentração no trabalho, cuidado, capricho, capacidade preventiva na prevenção de erros são traços marcantes nas mulheres com que trabalhei.
Não vou ficar aqui fazendo elogios e discursos vazios apenas em um dia, e depois tudo passa e a discriminação de gênero volta a prevalecer entre homens toscos e brutamontes que acham que seus futuros profissionais se constrói com fardos de latas de cerveja em apostas masculinas idiotas tipo “quem bebe ou transa mais”.

As meninas estão aceleradamente mais maduras que os meninos, que pararam no tempo… uns nerds, em geral.

Na minha vida acadêmica então, nem se fala o salto que elas deram: Quando me graduei em Economia (anos 80), haviam apenas três colegas formadas.

Hoje, as salas de aulas das faculdades são de no mínimo 50% mulheres, quando não mais, dependendo o curso. Além disso, notei como professor tanto na graduação como na pós, que as meninas prestam mais atenção, estão mais focadas e determinadas que os rapazes. Não sei o que ocorre, mas eles estão ficando qualitativamente para trás.

Confesso: entre dois currículos profissionais equivalentes para escolher, fico com a mulher profissional, sem dúvida.

O macho ainda é, no geral, inconsequente, intempestivo e menos fiel à empresa. Ou seja, a infidelidade masculina não é apenas com suas companheiras, mas é também corporativa. Afinal, não se separa as características essenciais do ser.

A herança biológica do gênero feminino, trás para a vida cotidiana atributos que o gênero masculino não possui. A fêmea preocupa-se mais com o sustento da prole do que o macho, o que a fideliza mais no seu trabalho, mais foco e dedicação.

Ah!…. mulheres! O que mais falar delas?

VIVA DO DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES… que para mim é todos os dias!

É a minha opinião.

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