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Moradores de Pontal combatem crime por conta própria

Foto dos moradores divulgada no Paraná Portal
Foto dos moradores divulgada no Paraná Portal

Um grupo de moradores de Pontal do Paraná se organizou para combater por conta própria os furtos e roubos na cidade. As informações são de Narley Resende, do site Paraná Portal.

“Segundo relatos de moradores em audiência pública na Câmara Municipal nesta semana, dez casas foram arrombadas em uma noite”, informa a reportagem. Leia alguns trechos:

O inspetor de seguros Valdecir Matias afirma que organizou um grupo para combater os assaltos. Segundo ele, a polícia não atende as ocorrências. “Começamos a juntar os boletins de ocorrência, criamos um grupo no Whatsapp para nos proteger. Quando um souber de uma movimentação estranha, ou movimento em alguma casa, para o pessoal se reunir e tentar pegar os bandidos. Não conseguimos capturar nenhum, mas… E os roubos continuam”, reclama.

Providências

Os moradores seguiram todos os caminhos recomendados. Foram à delegacia, registraram as ocorrências em série: pediram uma audiência pública na Câmara Municipal, realizada na terça (5), e encaminharam ofício ao Conselho de Segurança de Pontal do Sul (balneário de Pontal do Paraná). Segundo o grupo, nenhuma medida foi tomada. Depois que se organizaram, os moradores inclusive apontaram suspeitos dos roubos. “Todos sabem quem são”, diz Matias.

Outra moradora, que pediu para não ser identificada, confirma que todos sabem quem são os assaltantes. “Antes a gente sabia de um roubo esporádico, em outro mês outro (roubo), mas não como está acontecendo agora. Tem casas sendo arrombadas, tanto de moradores quanto de veranistas. A gente quem está fazendo isso. Aqui é muito pequeno, todo mundo se conhece”, afirma.

Comunidade

O Conselho Comunitário de Segurança do Município de Pontal do Paraná (Conseg/Pontal) respondeu aos moradores em uma carta dizendo que as polícias, Civil e Militar “pouco fazem para resolver a situação”. Segundo o Conseg, a maioria das viaturas está parada.

A nota afirma que boa parte do efetivo da Polícia Civil do município esta lotada na carceragem de Pontal do Sul cuidando de vinte presos, o que não é função da polícia.

O Conseg/Pontal afirma que “paga provisoriamente para que uma pessoa ajude o delegado na tramitação dos inquéritos junto à Delegacia de Ipanema”.

Nesta semana, o conselho começou a coletar assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue ao governador Beto Richa (PSDB) e ao secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp-PR), Wagner Mesquita.

Os moradores organizam uma manifestação para sábado desta semana e terça-feira da semana que vem. As vias mais movimentadas da cidade devem ser bloqueadas.

“Vamos fechar na terça-feira (12), que tem movimento da Techint. Quando parar a Techint vão começar a olhar para nós”, conclui o morador.

Sobre a superlotação da carceragem de Pontal, e o fato de policiais civis estarem cuidando dos presos, a Secretária de Segurança e Administração Penitenciária, a direção da Polícia Civil e o Departamento de Execução Penal (Depen), afirmam que estão cientes do problema nas delegacias do Estado.

(fonte: http://paranaportal.uol.com.br/blog/2016/04/07/grupo-se-organiza-para-combater-bandidos-por-conta-propria-no-litoral-do-parana/)

Guaratuba e Matinhos

Em Guaratuba, onde furtos e assaltos em residências e comércios também vêm assustando a população, um grupo de empresários está coletando contribuições para fazer a manutenção das viaturas da Polícia Militar. Na semana passada, uma foi consertada e já está funcionando.

A Secretaria Municipal de Segurança Pública, empresários e vereadores estão agendando uma reunião com o secretário estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita. As principais reivindicações são as mesmas dos demais municípios do Litoral: manutenção das viaturas da Polícia Militar e liberação dos policiais civis da guarda de presos (com transferências dos detentos ou vinda de agentes penitenciários).

Em Matinhos, o Conselho Comunitário de Segurança também reúne recursos da população para consertar viaturas das polícias Civil e Militar.

 

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