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Prefeitura de Paranaguá reforça apoio à Festa do Rocio e participa da Procissão Marítima

Cortejo náutico reuniu mais de mil fiéis e cerca de 50 embarcações na Baía de Paranaguá, com apoio da Prefeitura, presença da Marinha do Brasil e participação de lideranças religiosas e autoridades locais em uma celebração que integra fé, tradição e cultura parnanguara
Fotos: Silvia Costa

A Prefeitura de Paranaguá reafirmou seu compromisso com a maior celebração religiosa do Paraná ao apoiar a 212ª Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do estado. No domingo, dia 9, a 20ª Procissão Marítima reuniu mais de mil fiéis e cerca de 50 embarcações na baía de Paranaguá, em um dos momentos mais aguardados do calendário devocional da cidade.

Equipes da Secretaria Municipal de Segurança atuaram na organização e na proteção do evento, garantindo apoio operacional e fluidez durante o trajeto náutico. A vice-prefeita Fabiana Parro representou o Executivo Municipal e participou da procissão a bordo da embarcação oficial da Marinha do Brasil, responsável por conduzir a imagem peregrina da Mãe do Divino Orvalho. O chefe de Gabinete André Ferruci também participou. 

Marinha do Brasil reforça presença e segurança no cortejo

A Marinha, que tradicionalmente integra a celebração, participou da romaria com estrutura e atuação direta na condução da imagem e no apoio à segurança marítima. O atual capitão dos Portos do Paraná, capitão de Mar e Guerra Maurício Tinoco dos Santos Benvenuto, participou da procissão pela primeira vez e destacou o compromisso da instituição com a comunidade parnanguara.

“A Marinha se encontra um pouco enlutada em função dos eventos climáticos ocorridos no Paraná, mas não poderíamos deixar de prestigiar este importante evento, bem como realizar a segurança marítima. Todos são muito bem-vindos a bordo”, disse o capitão Tinoco.

Recém-chegado ao estado, o capitão também ressaltou sua integração com a cidade e o acolhimento recebido desde que assumiu o comando. “É a primeira vez que acompanho a procissão do Rocio. Temos uma ligação muito forte com a sociedade e a Capitania está de portas abertas a toda a população. Cheguei em Paranaguá em janeiro e eu e minha família fomos muito bem acolhidos”.

Fé, história e um trajeto de simbolismo

A procissão iniciou na Capitania dos Portos, com primeira parada no trapiche da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, na Ilha dos Valadares, onde houve a tradicional bênção de envio. Em seguida, o cortejo seguiu pelo Canal do Porto até o trapiche do Santuário do Rocio, onde centenas de fiéis já aguardavam a chegada da imagem.

O reitor do Santuário, padre Dirson Gonçalves, celebrou o marco da 20ª edição e o número recorde de participantes. “O dia amanheceu bonito, o mar está calmo e agradecemos a Deus por permitir esse momento. É uma edição histórica. Nunca tivemos mais de mil pessoas na procissão marítima. Estamos radiantes”, disse.

Ele também destacou a logística ampliada com apoio do Município. “Este ano tivemos três pontos de embarque, facilitando o acesso e dando mais agilidade ao processo. Isso fez toda a diferença”.

Sobre o significado do cortejo, o padre lembrou a origem da devoção. “Nossa Senhora foi encontrada nas águas da baía de Paranaguá. Percorrer esse caminho é reviver nossa história, fazer memória da proteção que ela representa. É por isso que essa procissão é tão especial”, explicou.

Gestão pública, devoção e emoção

A vice-prefeita Fabiana Parro, emocionada, ressaltou a dimensão espiritual e social da celebração. “É um momento de bênçãos para todos nós, parnanguaras e visitantes. Quando o padre Dirson me convidou para estar no barco principal, ao lado da imagem, meu coração se encheu de emoção”, disse.

Ao reforçar o apoio da gestão municipal, destacou o impacto da festa para a cidade. “A Prefeitura sempre esteve junto ao Santuário porque entende a importância do turismo religioso para o município, para o comércio e para a nossa identidade. Hoje estou aqui como devota e como vice-prefeita, celebrando essa parceria de fé”, destacou.

Novo bispo vivencia a festa pela primeira vez

O bispo de Paranaguá, Dom Paulo Alves Romão, que assumiu a Diocese recentemente, também participou pela primeira vez da procissão. “Quando se fala de Nossa Senhora, o nosso povo se comove. Ela nos conduz a Cristo e nos lembra que nunca estamos sozinhos”.

E celebrou o início de sua missão, marcado pela devoção local. “Estou há um mês na Diocese e começar meu episcopado vivendo esse momento é um presente. Estou maravilhado”.

A experiência do sagrado

A devoção se materializou nas vozes e nos olhares de quem viveu a procissão de perto. Para Heloise Onório, moradora de Paranaguá, a experiência já faz parte da própria trajetória de fé. “É a terceira vez que participo. É sempre ótimo, uma verdadeira bênção”, disse.

Já para Patrícia Belo, de Pontal do Paraná, a 20ª Procissão Marítima foi um encontro inédito com a tradição parnanguara – e também um marco pessoal. “É a primeira vez que venho. Sou devota de Nossa Senhora e quis conhecer essa maravilha. Foi emocionante. Quando os rebocadores fizeram a saudação na água, foi sensacional. Todo mundo deveria viver isso ao menos uma vez”, concluiu.


Fonte: Prefeitura de Paranaguá / jornalista: Luiza Rampelotti

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