Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Atividades da TCP com comunidades indígenas: história e cultura, turismo nas aldeias, mutirões etc.

Em março de 2025, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, teve avanços nos projetos voltados às comunidades indígenas do Litoral. As ações fazem parte do Plano Básico Ambiental de Componente Indígena (PBA-CI) e o Programa de Gestão dos Bens da Cultura Guarani Mbyá, que atendem ao processo de licenciamento ambiental do terminal.

15ª reunião do Conselho Gestor definiu atividades do próximo trimestre | fotos: TCP

No início do mês, lideranças indígenas das aldeias Pindoty (Terra Indígena Ilha da Cotinga/Paranaguá), Karaguatá Poty (TI Sambaqui/Pontal do Paraná) e Guaviraty (TI Sambaqui/Pontal do Paraná), participaram da 15ª reunião do Conselho Gestor, onde foi construído coletivamente o planejamento das atividades para o trimestre. 

A partir de demandas do Conselho Gestor, seguiram encaminhamentos para oficinas de avaliação participativa das ações do PBA-CI junto às aldeias e representantes da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) para o mês de maio.

Para realização de formação dos professores da rede pública de ensino sobre história e cultura indígena, foi realizada uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação de Paranaguá e o Núcleo Regional de Educação para a consolidação de uma parceria. 

No âmbito do turismo nas aldeias, houve avanço nos Planos de Visitação Turística, além de oficina de primeiros socorros na aldeia Guaviraty, ministrada por um bombeiro profissional, com entrega de equipamentos de primeiros socorros para atender os visitantes.

A aldeia Karaguatá Poty iniciou o processo de criação de logo e identidade visual para venda de artesanato e teve o projeto do Centro de Cultura protocolado para análise do setor responsável na Funai.

As ações voltadas ao manejo florestal e agrícola ocorreram nas três aldeias, com oficinas de agroecologia, introdução a inventários florestais e controle de espécies exóticas. Houve ainda o apoio ao cultivo de espécies tradicionais, com a entrega de mudas frutíferas e materiais para cercamento de hortas.

Mutirão na aldeia Pindoty para Semana Cultural

Foram apoiadas ações de preparação para a Semana dos Povos Indígenas na aldeia Pindoty, com a realização de mutirões de manutenção da Casa de Reza e manutenção de trapiche de acesso à aldeia.

As ações contínuas de abastecimento de água, pagamento de telefonias, pagamento das bolsas, acesso a tratamentos de saúde, fornecimento de internet e apoio com transportes, foram realizadas para participação adequada dos indígenas nas atividades desenvolvidas.

Dentr do Programa TCP de Gestão dos Bens da Cultura Imaterial Guarani Mbyá, houve formação em edição de vídeo para os pesquisadores da aldeia Kuaray Guata Porã, na TI Cerco Grande, em Guaraqueçaba, e organização da exposição audiovisual prevista para ocorrer no Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá (MAE/UFPR) como evento de encerramento.

Informática, etnomapeamento e agroecologia em fevereiro

Aulas de informática

No relatório de fevereiro, o PBACI destaca as aulas de informática que visam aprimorar as habilidades tecnológicas dos jovens indígenas, promovendo seu acesso a informações e recursos digitais que podem beneficiar suas práticas culturais e econômicas. Na comunidade Guaviraty, destacou-se a criação do design de cartões de visita para entrega junto ao artesanato.

Fevereiro também foi marcado pelo etnomapeamento realizado na aldeia Pindoty, um processo que identifica áreas de importância cultural e ambiental, garantindo que as ações do PBACI respeitem e integrem as necessidades das comunidades indígenas. Além disso, foi realizado o monitoramento da qualidade da água, assegurando o controle dos ambientes próximos às aldeias.

Foi realizada uma campanha de monitoramento participativo da fauna, envolvendo as comunidades na observação e registro das espécies locais. A ação visa promover a conservação da biodiversidade e valorizar o conhecimento técnico e tradicional sobre a fauna da região.

A atualização do Plano de Visitação Turística das aldeias também seguiu em andamento, com o objetivo de criar novas fontes de renda para essas comunidades.

Em Karaguatá Poty, foi realizada a validação do projeto do Centro de Cultura Guarani, que será um importante espaço de apoio às vivências culturais e à recepção desses visitantes. Foram entregues placas entalhadas em madeira, buscando dar destaque ao nome das aldeias e servindo para sua identificação.

Planejamento da área de pomar em Karaguatá Poty

Além dessas atividades, foram realizadas diversas oficinas de agroecologia, que focaram principalmente no desenvolvimento das áreas de pomar e dos sistemas agroflorestais. Em Guaviraty (Shangri-lá) também foi dada continuidade ao Inventário Florestal de espécies de interesse indígena.

No âmbito do Programa de Gestão dos Bens da Cultura Guarani (programa executado junto ao Iphan), foram desenvolvidas atividades de edição de vídeo para a exposição de resultados do programa, prevista para acontecer nos próximos meses no espaço do MAE/UFPR em Paranaguá.

Edição de vídeo para o Programa Iphan
Leia também