Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Dificuldades no Mundo do Futebol Feminino

Uma partida de futebol é uma ótima maneira de reunir pessoas, seja nas arquibancadas, no sofá da sala ou no bar com os amigos. Apesar do esporte ser praticado por ambos os gêneros, as seleções masculinas são as detentoras de toda a atenção, enquanto as femininas embora mais desenvolvidas são em contrapartidas, desvalorizadas e esquecidas. Em um questionário realizado pela Betway, casa de aposta líder do mercado, jogadoras do Real Betis informaram que uma das suas expectativas para o futebol feminino é  que seja possível encher mais estádios, e que todas integrantes da liga possam se profissionalizar e que haja uma maior igualdade com o futebol masculino.

O futebol feminino ainda tem um longo caminho a percorrer para obter a mesma valorização do futebol masculino e isso se deve as dificuldades que as atletas enfrentam dentro e fora do campo.

Quando o assunto é profissão, o salário é sempre algo a ser comparado. No esporte quanto mais sucesso um atleta atribui para si, mais recebe. O atacante do Barcelona Lionel Messi, atualmente é o jogador mais bem pago do mundo, com uma renda de US$ 126 milhões por ano, contraposto a australiana Sam Kerr do Chelsea que possui  o maior salário da modalidade, recebe 480 mil euros brutos por ano, o equivalente a US$ 570,37 mil. Os números mostram por si, o grande abismo entre homens e mulheres no futebol.

As mulheres são Desvalorizadas, quando se trata de igualar a resistência masculina.Desde o começo, o futebol feminino é marcado por questões como sexismo, desigualdade, e exposição das atletas. Ainda é possível encontrar nos dias de hoje, aqueles que acreditam que mulheres em campo, é apenas para exposição e por isso o jogo não deve ser levado a sério e com o devido respeito. Um caso disso ocorreu durante o evento Ballon D’Or em 2018, quando a jogadora Ada Hegerberg recebeu a sua premiação, não pode fazer um discurso de agradecimento ou receber os aplausos da platéia como os demais premiados da noite, vale ressaltar todos homens, porque estavam mais interessados se a atleta iria dançar para os presentes com o DJ Martin Solveig. Desanimada e decepcionada com a situação, a jogadora apenas disse: “Não”. Evidenciando que, apesar de suas realizações importantes as mulheres ainda são objetificadas e sexualizadas publicamente.

Gostando ou não, o mundo dos esportes é um mundo dos negócios e bastante lucrativo diga-se de passagem. Além dos salários, os homens superam maciçamente suas contrapartes femininas quando se trata de patrocínios. Como exemplo da jogadora Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo, a atleta chamou a atenção durante a Copa Feminina em 2019, ao entrar em campo com chuteiras com o símbolo da igualdade entre homens e mulheres. Marta que estava sem patrocínio do material esportivo desde julho de 2018. Segundo a mesma, o proposto estava muito abaixo do que recebia e do que é ofertado ao futebol masculino, a rejeição seria mais uma oportunidade para lutar pelos direitos das atletas na modalidade.

Enquanto houver pessoas que acreditem que “o futebol feminino ainda não é uma realidade”, ou que apenas homens devem praticá-lo, haverá também um longo caminho a ser percorrido pelas atletas que não estão pedindo o impossível, apenas igualdade e o reconhecimento merecido.

Leia também