Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Inscrição para patrocínio da Itaipu a feiras municipais termina na 6ª

As entidades sem fins lucrativos que ainda não se inscreveram para concorrer ao edital de concessão pública de patrocínio da Itaipu Binacional, voltado para feiras e exposições municipais vinculadas a aniversários dos municípios, têm até sexta-feira (31), às 18h, para participar do processo.

TCP deve criar mais de 100 novos postos de trabalho em 2025

Número de trabalhadores portuários no Terminal de Contêineres de Paranaguá cresceu 13% no último ano – confira vagas de emprego e de estágio disponíveis Foto: TCP / Divulgação “Quando chego ao Terminal, me apresento ao meu supervisor e sou escalado para o guindaste designado. Verifico pneus, itens de segurança, realizo testes na máquina, faço meu login e, por meio de um tablet, recebo as orientações para movimentar os contêineres, sempre conciliando produtividade com segurança”. Esta tem sido a rotina de Fabio Sobral desde dezembro de 2023, ano em que foi promovido para operador de guindaste RTG na TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá. Na TCP desde setembro de 2021, Sobral deixou a carreira no mercado de imóveis para se tornar um trabalhador portuário, atuando como operador de caminhão de terminal (TT). “Realizei um sonho ao mudar de carreira para o setor portuário e me orgulho muito de fazer parte da TCP, que me ofereceu capacitação e oportunidade de crescimento”, conta. "Essenciais para o comércio exterior e para a cadeia de suprimentos em todas as partes do globo, o trabalhador portuário é considerado essencial e, no Brasil, tem sua importância e destaque reconhecidos no dia 28 de janeiro, quando é celebrado o Dia do Trabalhador Portuário", destaca a TCP em comunicado a imprensa sobre a expectativa de geração de emprego neste ano. No ano em que Sobral ingressou no Terminal, a companhia contava com 1.254 colaboradores, e, ao fim do ano de 2024, a equipe da TCP chegava à marca de 1.720, com a criação de 194 novos postos de trabalho apenas no último ano. “Com investimentos contínuos em infraestrutura, equipamento e pessoal, o Terminal de Contêineres de Paranaguá vem se expandindo ano após ano, e isso também vai se refletir no aumento de empregabilidade na companhia. Em 2024, atingimos um crescimento de 13% em nosso quadro de colaboradores e, para 2025, planejamos seguir neste ritmo, com a expectativa de gerarmos mais de 100 novas vagas até o fim do ano”, destaca Washington Renan Bohnn, gerente de recursos humanos e qualidade da TCP. O aumento no número de trabalhadores portuários no Terminal vem acompanhando o incremento no volume de contêineres transportados e no crescimento da empresa ao longo do tempo. Em 2021, a TCP havia atingido pela primeira vez a marca de 1 milhão de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados, e, em 2025, o avanço acumulado chegou a 50%, fazendo com que o Terminal de Contêineres de Paranaguá fosse o terceiro terminal portuário do país a ultrapassar a marca de 1,5 milhão de TEUs movimentados. Nascida em Paranaguá, Fernanda Celestino Simões atua desde 2014 na área administrativa e de planejamento do armazém de importação do Terminal, cuidando para que as cargas desembarcadas sejam devidamente desconsolidadas e que as mercadorias cheguem com segurança e agilidade a porta de cada cliente. “Como parnanguara, é muito gratificante fazer parte da atividade portuária, porque movemos o comércio de todo o mundo”, comenta. Novas vagas A TCP está com diversas oportunidades disponíveis para setores como meio ambiente, manutenção, operação, planejamento, financeiro e comercial. Interessados podem conferir as vagas e se inscrever por meio do link: tcp.gupy.io/. O Programa de Estágio 2025 também está com vagas disponíveis e os candidatos podem se inscrever até o dia 2 de março por meio do site do IEL. Terminal é reconhecido com o prêmio Top of Mind da Unespar A TCP foi reconhecida como a “Melhor Empresa para Trabalhar” e “Melhor Empresa Portuária” na IX edição do prêmio Top of Mind, evento organizado pela Agência de Inovação e Tecnológica (Agitec) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Paranaguá, e pela empresa júnior Ilha do Mel Consultoria. A premiação, que fez parte do VIII Simpósio de Empreendedorismo e Inovação da Unespar, foi realizada em novembro de 2024, e contou com a presença de alunos, professores, pesquisadores e representantes das empresas. Este é o segundo ano seguido em que a TCP é reconhecida como “Melhor Empresa para Trabalhar”.

A verdade que ninguém quer encarar: o Brasil só crescerá se valorizar os “pequenos”

Artigo de opinião de Requião Filho Deputado Requião Filho na tribuna da Assembleia Legislativa | foto: Divulgação Não é difícil perceber que as pessoas estão descontentes com os rumos que o Brasil está tomando. Apesar de parecer ainda mais aflorado nas redes sociais, o sentimento de frustração também é uma realidade de quem anda nas ruas e conversa com as pessoas de Norte a Sul do país. E não é compreensível? Faz sentido que as pessoas se preocupem com a instabilidade política na tomada de decisões e a dificuldade de ver desenvolvimento sustentável a longo prazo. Para atingirmos um patamar de crescimento que coloque o Brasil entre as principais potências econômicas do mundo, é necessário um compromisso verdadeiro com o fortalecimento de setores estratégicos, como a agricultura, o empreendedorismo e a indústria nacional. Sem isso, vejo poucas chances de realmente gerarmos um crescente número de empregos, reduzirmos as desigualdades gritantes no país e a construção de uma nação que prospera a passos largos. A potência e relevância do agronegócio brasileiro certamente não passam despercebidas. Um país que é conhecido como "celeiro do mundo" e lidera exportações mundiais de sete alimentos - como soja, milho, carnes bovina e de frango, entre outros - certamente chama a atenção. Mas o que nem todo mundo sabe é que não são as grandes produções agrícolas que colocam a comida na mesa da população brasileira. Esse mérito é da agricultura familiar, dos micro, pequenos e médios produtores. Os pequenos produtores - que geram mais de 10 milhões de empregos, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar - também se destacam pela proximidade no abastecimento das cidades, diversidade de produções agrícolas, contribuições contínuas para a redução da insegurança alimentar, desenvolvimento regional e adoção de práticas de sustentabilidade. Em nível global, a Organização das Nações Unidas já declarou que os pequenos produtores são responsáveis pela produção de 35% dos alimentos do mundo. Mas quem realmente olha para esse crescente setor econômico? Os problemas enfrentados no trabalho do campo impactam diretamente o potencial de produção dos alimentos. Os desafios incluem as dificuldades para obter crédito para expansão, a carga tributária sufocante e a falta de infraestrutura. No Paraná, por exemplo, 85% dos produtores estão insatisfeitos com o fornecimento de energia pela Copel, sofrendo com quedas de luz que afetam a produção de diversos produtos. Me pergunto quais incentivos são oferecidos pelo Estado para que os produtores possam crescer. Certamente, o aumento de impostos, a alta nos combustíveis, a ausência de investimento em infraestrutura logística e a falta de reconhecimento não contribuem. Assim como acontece no campo, o universo dos micro, pequenos e médios empreendedores também sofre com uma série de dificuldades que, se não forem enfrentadas, comprometem o desenvolvimento de uma economia mais robusta. Dados do Sebrae apontam a existência de 90 milhões de empreendedores no Brasil, o que representa 42% da população brasileira. Um setor econômico que gera milhões de empregos e movimenta 30% do PIB brasileiro precisa ser valorizado pelo Estado. A falta de políticas públicas que tragam incentivos para o empreendedorismo e a alta carga tributária dificultam o desenvolvimento do setor, barrando inovações importantes e geração de novos postos de trabalho. É comum ouvirmos de pequenos empreendedores que a enorme burocracia do Estado também atrapalha muito o setor, contribuindo para a informalidade, dificuldade no acesso a crédito e falta de capacitação para aumentar a competitividade e sustentabilidade do setor. Para mudar a realidade, defendo a simplificação do sistema tributário, com redução de impostos e incentivos fiscais para empresas que investem na contratação de trabalhadores. Menos impostos, mais empregos. Também acredito ser necessária a ampliação de linhas de crédito a juros acessíveis e a criação de programas de capacitação eficientes. O Estado precisa se comprometer com políticas de incentivo à inovação e digitalização dos pequenos negócios. O acesso a tecnologias de ponta e a capacitação em ferramentas digitais são passos importantes para que os empreendedores se adaptem às demandas do mercado moderno e possam competir com menos desigualdades. Os rumos do Brasil são, de fato, preocupantes. Se continuarmos sufocando os setores que representam a força motriz do país, estaremos tratando como “pequenos” aqueles que fazem a roda do desenvolvimento girar.