Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Prefeitura de Paranaguá garante na Justiça suspensão de aumento de 23,92% nas tarifas de água e esgoto

Município demonstrou que o aumento representaria grave lesão à ordem e à economia públicas, além de comprometer o acesso da população a um serviço essencial Fotos: Moysés Zanardo A Prefeitura de Paranaguá obteve uma importante vitória judicial contra a concessionária Paranaguá Saneamento. Em decisão proferida na noite de quarta-feira (10), a presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), desembargadora Lídia Maejima, suspendeu o reajuste de 23,92% nas tarifas de água e esgoto que a empresa havia anunciado para vigorar a partir de 19 de setembro. No recurso, o Município demonstrou que o aumento representaria grave lesão à ordem e à economia públicas, além de comprometer o acesso da população, em sua maioria de baixa renda, a um serviço essencial. Com a decisão, a concessionária fica impedida de aplicar imediatamente os percentuais de reajuste referentes a 2021 e 2022, até nova deliberação judicial. Fundamentos da decisão Ao analisar o pedido da Prefeitura, a presidente do TJ-PR destacou que os percentuais de 17,152% (2021) e 5,7791% (2022), aplicados de forma cumulativa, resultariam em um aumento expressivo e prejudicial à população. Segundo a desembargadora, a majoração “supera a inflação do período e onera desproporcionalmente a população”, comprometendo diretamente a renda familiar e aumentando o risco de inadimplência. Ela ressaltou ainda, que a medida poderia levar à interrupção no fornecimento de água para inúmeras famílias, afrontando a dignidade humana e comprometendo o acesso universal a um serviço essencial. “Mostra-se prudente a suspensão dos efeitos da decisão liminar impugnada, a fim de resguardar a ordem administrativa, a economia pública e o princípio da modicidade tarifária”, concluiu a magistrada Lídia Maejima. Prefeito comemora decisão Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, dia 11, o prefeito Adriano Ramos classificou a decisão como uma vitória da população. “Quero trazer a boa notícia de que nosso jurídico conseguiu derrubar esse aumento de 23%, que nós consideramos um verdadeiro absurdo. Essa liminar foi cassada, e isso mostra que estamos atentos, lutando para que esse acréscimo não recaia sobre a nossa gente. Ontem à noite comemoramos muito, porque essa vitória é de todos os parnanguaras”, afirmou. O prefeito também reafirmou que encerrar o contrato de concessão é prioridade de sua gestão. “Já notificamos formalmente a Cagepar para que inicie o processo de rescisão do contrato com a Paranaguá Saneamento. Esse contrato, firmado em 2017 e válido até 2045, sempre trouxe prejuízos à população, com tarifas abusivas e serviços precários. Não vamos descansar enquanto essa empresa não deixar a nossa cidade. O povo de Paranaguá merece água de qualidade, esgoto tratado e respeito. A farra da Paranaguá Saneamento chegou ao fim”, destacou Adriano Ramos. Fiscalização e multas milionárias Desde o início da atual gestão, a Prefeitura e a Central de Água, Esgoto e Serviços Concedidos do Litoral do Paraná (Cagepar) intensificaram a fiscalização sobre a concessionária. Segundo o prefeito, o Município já aplicou cerca de R$ 9 milhões em multas, enquanto a Cagepar multou a empresa em R$ 99 milhões — somando mais de R$ 108 milhões em penalidades. “Esse resultado é fruto do trabalho conjunto. Criamos a Secretaria de Fiscalização das Concessões e Contratos, conduzida pela doutora Isabele Campos, que identificou irregularidades graves. A Cagepar, sob a gestão da Daniele Janoski, também passou a atuar de forma firme e independente, diferente do que acontecia em gestões anteriores. Hoje temos uma agência reguladora que cumpre seu papel e coloca o interesse público em primeiro lugar”, disse Adriano. A diretora geral da Cagepar confirmou que a agência acompanha de perto o caso. “Aplicamos multa de R$ 99 milhões por descumprimento contratual, especialmente em relação ao despejo irregular de esgoto. Esse valor pode ser revertido em obras de saneamento, beneficiando diretamente a população. Nosso compromisso é garantir que a empresa cumpra o contrato ou responda pelas falhas”, afirmou Daniele Janoski. Ressarcimento ao consumidor O procurador jurídico do Município, Thiago Leal, reforçou que a decisão judicial atual suspende qualquer possibilidade de cobrança do reajuste pela concessionária. “No momento, o que prevalece é a suspensão da liminar que autorizava o aumento. Portanto, a empresa não pode aplicar o reajuste de 23%. Claro que ainda cabe recurso, mas a decisão representa um importante resguardo para a população”, explicou. Thiago Leal também esclareceu que, caso algum consumidor já tenha recebido fatura com a tarifa reajustada, a concessionária terá que compensar o valor na próxima conta ou adotar outra forma de correção, garantindo que nenhum morador seja prejudicado pela cobrança indevida. Próximos passos A Prefeitura aguarda agora a análise do pedido de rescisão contratual pela Cagepar, que será encaminhado ao Conselho de Regulação para deliberação. Após essa etapa, a concessionária ainda terá prazo para apresentar sua defesa. Paralelamente, a gestão municipal seguirá reforçando a fiscalização sobre o cumprimento das obrigações previstas no contrato. Segundo o prefeito Adriano Ramos, o processo de caducidade é complexo, mas está sendo conduzido de forma técnica e transparente. “Não é algo que se resolve do dia para a noite, mas já temos provas suficientes de descumprimento contratual e crimes ambientais. Vamos até o fim, porque Paranaguá não aguenta mais esse serviço precário”, concluiu. Fonte: PMP / jornalista: Luiza Rampelotti

Prefeitura de Guaratuba realiza Mutirão de Ecografia quinzenalmente

Em cada edição, mais de 80 pessoas são atendidas e recebem o laudo no mesmo dia, A Prefeitura de Guaratuba, em parceria com o Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná (Comesp), realiza quinzenalmente o Mutirão de Ecografia. Após solicitação médica os exames deverão ser agendados na Secretaria Municipal de Saúde (Av. Ponta Grossa, 330 – Centro) o paciente é encaminhado no dia agendado ao hospital para a realização do exame. Em cada edição, mais de 80 pessoas são atendidas e recebem o laudo no mesmo dia, o que agiliza o retorno às suas unidades de saúde para continuidade do acompanhamento. A iniciativa reforça o compromisso do município em oferecer atendimento qualificado, com foco na agilidade, permanência e valorização do cuidado em nível local.

Projeto leva preservação de oceanos e cultura caiçara a crianças do Litoral

O projeto Maré das Artes levará contação de histórias e palestras a instituições de educação de Matinhos, Paranaguá e Pontal do Sul, além da exposição Maré de Plástico em Matinhos Foto: Divulgação Com apoio da Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), o projeto Maré das Artes está em andamento em diversas cidades do Litoral do Paraná. Até dia 18 de setembro, o programa levará contação de histórias e palestras a instituições de educação de Matinhos, Paranaguá e Pontal do Sul. E no período de 15 de setembro a 10 de outubro, o público poderá conferir a exposição Maré de Plástico, do artista Antonio Labatut, conhecido como ANT. O Maré das Artes busca envolver crianças, jovens e a comunidade em ações que promovem a conscientização e o engajamento social. À frente do projeto e da contação de histórias está a atriz Ailén Roberto, que fará 20 apresentações em escolas municipais da região. Baseadas em lendas locais, as histórias contadas valorizam a cultura caiçara e levam às salas de aula narrativas lúdicas que conectam as crianças às tradições. “Quando se trata de litoral, as pessoas estão naturalmente atreladas à sustentabilidade, porque grande parte vive do turismo”, diz Ailén. “Poder unir a pauta da conscientização ambiental à arte é maravilhoso, porque conversa muito com a comunidade e eles se identificam com a ação”, completa. Além disso, para o público um pouco mais velho, adolescentes do 7º, 8º e 9º ano dos colégios estaduais de Matinhos, Pontal do Paraná e Ilha do Mel, será ofertada a palestra “Os Impactos do Lixo Marinho", ministrada pela gestora ambiental Kamila Maier. “Vamos fazer um histórico do plástico, quais são seus tipos e o que pode ser feito para melhorar a questão dos resíduos", conta. Maré de Plástico Em 15 de setembro será inaugurada no campus da Universidade Federal do Paraná, em Matinhos, a exposição Maré de Plástico, de Antonio Labatut, conhecido como ANT. A mostra, que tem curadoria de Giusy de Luca, apresenta 30 trabalhos do artista que coleta resíduos nas praias de Encantadas e Brasília, na Ilha do Mel, para construir suas obras. Morador da ilha desde 2021, ANT pesquisa os impactos do descarte irregular de resíduos na vida marinha e ressignifica o material. “Faço coletas de lixo na praia, seleciono o plástico que me interessa e o restante é descartado de maneira correta para a reciclagem", afirma. “As obras são feitas com cola e parafusos para fixação. Também uso tesoura e serra para cortar esse plástico ou uso o plástico como ele veio da praia, sem manufatura, aproveitando o formato e a textura encontrada". Todas as ações do Maré de Artes também contam com acessibilidade, garantindo a presença de pessoas com deficiência e grupos vulneráveis. Será oferecido transporte gratuito para crianças e visitas guiadas para comunidades com acesso restrito à cultura. Exposição Mar de Plástico Visitação: 15 de setembro a 10 de outubro Horários: 8h às 22h Local: Rua Jaguariaíva, 512 - Matinhos Entrada gratuita

Assembleia Entrevista aborda como o Paraná se tornou o estado com mais produtos com Indicação Geográfica

Com sete Indicações Geográficas recebidas somente em 2025, Paraná ultrapassou MG e assumiu liderança em ranking nacional. Mabel Guimarães, gestora estadual no Sebrae, explica importância da conquista O Paraná se tornou nos últimos meses o estado brasileiro com o maior número de produtos autênticos reconhecidos com o selo de Indicação Geográfica emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). São 21 produtos que detêm a marca, dentre receitas próprias, vinhos, frutas submetidas a cultivos únicos, entre outros. O tema é discutido na edição desta quinta-feira (11) do programa Assembleia Entrevista, da TV Assembleia. A jornalista Marcele Antonio conversa com Mabel Guimarães, gestora estadual de Indicações Geográficas do Sebrae Paraná. Ela explica o que significa o reconhecimento dos produtos para o Estado, com impactos econômicos e turísticos. A edição permite que prefeituras, produtores e outros interessados entendam melhor as exigências do INPI e os procedimentos necessários para a conquista do selo – que requer o cumprimento rigoroso de uma instrução normativa, a elaboração de um dossiê, entre outros processos. Somente em 2025, sete produtos tipicamente paranaenses foram reconhecidos com o selo: o mel de Ortigueira, as receitas de broa de centeio e a carne de onça, ambas de Curitiba; o urucum cultivado em Paranacity, a receita de cracóvia feita em Prudentópolis e os queijos coloniais produzidos no sudoeste do Paraná. Mais recentemente, conquistaram a marca o café de Mandaguari e a poncã de Cerro Azul – que se tornaram o 20º e o 21º produtos, respectivamente, com Indicação Geográfica no Paraná. Com isso, o Paraná se tornou líder – o Estado também compartilha um selo de produto autêntico com Santa Catarina. Em segundo lugar está Minas Gerais, que possui 20 selos próprios e um compartilhado com São Paulo. Na sequência do ranking estão Rio Grande do Sul (15), Espírito Santo (11), Santa Catarina (10) e São Paulo (10). "A indicação geográfica traz desenvolvimento regional", ressalta Mabel. " quer dizer que temos produtos regionais que têm importância para aquela localidade. Aquele produto traz uma cultura, traz história e faz o desenvolvimento acontecer". “É uma cadeia que cresce por causa do produto de IG. As pessoas vão para aquela localidade para conhecer outras coisas além do produto”, explica a gestora. Ao longo da conversa, Mabel ilustra como a conquista dos selos modificou a realidade de cidades paranaenses, como é o caso de Antonina, cuja bala de banana foi reconhecida como receita típica. “Hoje as fábricas recebem as pessoas para conhecer como é feito esse produto. É uma tendência de cada vez mais abrir as portas para que as pessoas tenham a experiência. Isso leva as pessoas a sonhar, a ter memória afetiva nas regiões”. Ela também cita um tratado que está sendo firmado com a União Europeia e que permitirá que os produtos típicos do Paraná também sejam reconhecidos como tais no Velho Continente. Ao analisar a situação do Brasil diante da de outros países, Mabel reconhece que o cenário ainda é muito incipiente aqui. “O Sul do Brasil tem 45 produtos reconhecidos, e o tamanho do território equivale à França, que tem mais de 900 indicações geográficas”. “Então, nós podemos crescer e muito. E o estado do Paraná tem muita etnia, muita cultura, muita história”, reflete. “A tendência é que a gente realmente proteja as nossas histórias, nossas raízes, a nossa cultura”. TV Assembleia O programa “Assembleia Entrevista”, da TV Assembleia — canal da Assembleia Legislativa do Paraná — pode ser assistido sintonizando o aparelho de televisão no 10.2 (rede aberta, em Curitiba e Região Metropolitana) e no canal 16 (Claro/NET). Desde agosto, o programa é transmitido às quintas-feiras, às 13h, no canal da TV Assembleia, com reprise às 18h. A entrevista também pode ser conferida no YouTube, às 13h30. https://youtu.be/XcnTVVjvBn8

Paranaguá prevê orçamento de R$ 1,4 bi em 2026 e R$ 5,2 milhões em quatro anos

Audiência apresentou as prioridades da gestão para os próximos  anos e reforçou a participação popular na definição das políticas públicas Fotos: Wilson Leandro Paranaguá terá mais de R$ 5,2 bilhões em investimentos ao longo dos próximos quatro anos. O valor corresponde ao Plano Plurianual (PPA) 2026–2029, apresentado nesta segunda-feira (8), junto com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, em audiência pública realizada no auditório da Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral (Semedi) e transmitida ao vivo pela internet. O encontro permitiu à população conhecer e debater como serão aplicados os recursos, indicando as prioridades da cidade até 2029. O prefeito Adriano Ramos destacou que o plano reflete o diálogo com a comunidade. “Nosso governo se baseia na transparência e todos os investimentos são realizados de forma consciente, visando a transformação do município. Por isso, foi fundamental a participação da comunidade na construção deste plano”, afirmou. O que é o PPA  O Plano Plurianual é o principal instrumento de planejamento de um município. Ele estabelece diretrizes, objetivos e metas para o período de quatro anos (2026 a 2029), abrangendo Prefeitura, Câmara Municipal, Paranaguá Previdência e a Central de Água, Esgoto e Serviços Concedidos do Litoral do Paraná (Cagepar). Sua função é assegurar continuidade administrativa e orientar a formulação das políticas públicas. A elaboração do PPA teve início em maio de 2025, com reuniões conjuntas e individuais entre o Departamento de Orçamento e todas as secretarias municipais. Cada pasta apresentou suas demandas, alinhadas ao Plano de Governo, ao Plano Diretor e a políticas setoriais nacionais. Paralelamente, a Prefeitura abriu um questionário online, disponível por 45 dias, para que os moradores pudessem indicar prioridades e sugestões. As contribuições foram analisadas e incorporadas ao planejamento. Para a superintendente de Orçamento, Ariana Ziesemer, esse processo garante que a população também seja protagonista na definição das políticas públicas. “Quanto mais sugestões, mais somamos informações ao plano. Afinal, toda a receita vem dos contribuintes e é justo que a sociedade ajude a definir os investimentos. Essa audiência pública e a transmissão ao vivo permitem que mais pessoas acompanhem e participem da elaboração do PPA”, destacou. Segundo a apresentação, a previsão consolidada de receitas para o quadriênio é de R$ 5,214 bilhões — R$ 1,234 bilhão em 2026, R$ 1,277 bilhão em 2027, R$ 1,328 bilhão em 2028 e R$ 1,373 bilhão em 2029. Os cálculos foram elaborados com base em parâmetros macroeconômicos do Banco Central, reunidos no Relatório Focus. LOA de 2026 Já a Lei Orçamentária Anual (LOA) detalha as receitas e despesas de cada exercício. A de 2026 traduz em números os programas e ações descritos no PPA, funcionando como ferramenta prática para a execução das políticas municipais. A previsão orçamentária de Paranaguá para o ano que vem é de R$ 1,379 bilhão. Do total, R$ 1,146 bilhão será executado pela Prefeitura. A Câmara Municipal terá R$ 53,9 milhões, a Paranaguá Previdência R$ 173,2 milhões e a Cagepar R$ 5,5 milhões. Na divisão das despesas do Poder Municipal, R$ 996 milhões estão destinados a gastos correntes, como folha de pagamento, encargos e custeio de serviços. Já os investimentos em obras e novos projetos somam mais de R$ 101 milhões, voltados a áreas como educação, saúde, infraestrutura urbana e assistência social. Projetos estruturantes para 2026–2029 O PPA organiza a execução por programas e ações, com metas e indicadores de desempenho a serem acompanhados ao longo dos quatro anos. Entre os principais projetos estruturantes estão: - Saúde: construção de um CAPS Infanto-Juvenil, um CAPS Álcool e Drogas, uma nova Unidade de Saúde e reformas em unidades já existentes. - Educação: construção de novos CMEIs (Jardim Esperança, Ilha dos Valadares, Porto Seguro e Labra), além de ampliações em escolas como a Tiradentes e no Complexo Educacional Estádio-Escola. - Cultura e turismo: restauro de bens patrimoniais, incluindo Casa Cecy, Palácio Visconde de Nácar, Casa Monsenhor Celso, Casa Brasílio Itiberê e Casa Daucheux. - Assistência social: construção da Casa da Família e de um Centro de Atendimento à Pessoa Idosa, reformas nos CRAS e aquisição de imóvel para acolhimento de mulheres, incluindo marisqueiras, pescadoras e indígenas. - Esporte e lazer: construção de ginásios poliesportivos e reformas de quadras e campos. - Ilha dos Valadares: criação de um espaço para fabricação de artefatos, fortalecendo a economia criativa. - Tecnologia: aquisição de equipamentos de TI para modernização da gestão e dos serviços ao cidadão. Participação e transparência O evento cumpriu o que determinam a Lei de Responsabilidade Fiscal (nº 101/2000) e a Lei de Acesso à Informação (nº 12.527/2011), que exigem a realização de audiências públicas como forma de garantir transparência e estimular a participação social.  A secretária municipal da Fazenda e Orçamento, Verônica Marodin Marques, destacou o caráter estratégico do momento. “É com grande satisfação que recebemos todos aqui hoje para um debate fundamental. A presença de cada um demonstra compromisso com um município mais próspero”, afirmou. Para a Administração Municipal, o objetivo é transformar os números em ações que tragam resultados visíveis. “O PPA é um guia estratégico que organiza metas e objetivos da gestão, fortalece a continuidade das políticas públicas e assegura que a sociedade acompanhe cada passo do governo”, concluiu a secretária. Fonte: PMP / jornalista: Luiza Rampelotti

Bugio-ruivo encontrado no mar é reintegrado à natureza

O bugio jovem foi resgatado com sinais de afogamento quando tentava atravessar a nado de uma ilhota para a outra na Baía de Guaraqueçaba Fotos: Diego Fernandes/IAT Morretes Técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) devolveram à natureza um bugio-ruivo (Alouatta guariba) nesta quarta-feira (10), em uma área de proteção ambiental do Litoral do Paraná – o local não é divulgado para não alertar traficantes. O primata ameaçado de extinção permaneceu 20 dias em tratamento na clínica veterinária da Unicesumar, em Curitiba. O bugio, um macho jovem, foi resgatado no dia 22 de agosto quando tentava atravessar a nado de uma ilhota para a outra na Baía de Guaraqueçaba. Ele foi avistado por um colaborador do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), que pediu a colaboração do IAT. O mamífero estava desidratado e apresentava sinais de afogamento, por isso a necessidade de internamento para a realização de exames clínicos e complementares de imagem. “O bugio recebeu cuidados de manutenção direcionados para o seu retorno à vida livre durante todo o tratamento, o que possibilitou a soltura na natureza, em uma ação de cooperação entre o Instituto Água e Terra e o ICMBio”, explica o coordenador do setor de Fauna do Escritório Regional do IAT do Litoral, Rafael Galvão. O bugio-ruivo é uma espécie de primata da família Atelidae, conhecida por sua pelagem avermelhada e seu comportamento vocal característico, já que emite sons poderosos para comunicação. Ele está criticamente em risco de extinção, figurando entre os 25 primatas mais ameaçados do planeta. “Essa ação, de salvar um animal ameaçado de extinção que está no plano nacional de espécies ameaçadas, representa muito o bem o trabalho de excelência desenvolvido no IAT em relação à conservação da fauna”, destaca o coordenador. Como agir ao encontrar animais machucados Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou da Polícia Militar do Paraná. Se preferir, a pessoa pode ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.

Portos do Paraná apresenta tecnologias aquaviárias em evento nos EUA

Foram apresentados sistemas de última geração que auxiliam nas atividades administrativas, elaboração de projetos e segurança na navegação Foto: Divulgação Portos do Paraná A Portos do Paraná esteve presente no evento Smart Rivers 2025, conferência técnica internacional de renome, que aconteceu em Memphis, nos Estados Unidos. Na última terça-feira (09), o gerente de Engenharia Marítima, João Luiz Jardim, apresentou abordagens inovadoras em tecnologia aquaviária utilizadas nos portos paranaenses. O encontro faz parte do grupo de trabalho da Associação Mundial de Infraestrutura de Transporte Aquaviário (Pianc), que debate a criação de métodos de digitalização em portos e infraestrutura aquaviária.  “Foi muito importante poder compartilhar um pouco do que fazemos no ambiente portuário com outros colegas e entender que não estamos atrás de nenhum porto, pelo contrário! Estamos caminhando juntos”, afirmou Jardim. O projeto em destaque na apresentação foi o Sistema de Identificação Automática – Auxílio à Navegação (AIS AtoN). O equipamento transmite à embarcação diversas informações de interesse para a segurança da navegação incluindo dados das boias posicionadas na baía de Paranaguá como o nome, tipo do sinal náutico, a posição e o estado operacional dos equipamentos. Para trazer mais segurança à navegação e testar atracações de navios, a Autoridade Portuária também realiza simulações em tempo real com pilotos, replicando o comportamento da embarcação e as condições ambientais em um simulador virtual. Tudo feito para simular manobras e cenários complexos e de risco para avaliar o desenvolvimento do porto, como a implementação de um novo calado (distância entre o ponto mais profundo da embarcação e a superfície da água), o recebimento de navios maiores, entre outros fatores. Outro sistema utilizado é o Building Information Modelling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção em português, que é um processo colaborativo baseado em modelos tridimensionais inteligentes. O sistema abrange a criação, o gerenciamento e o compartilhamento de informações sobre um projeto de construção. “Um projeto que foi elaborado no formato BIM é o Moegão, maior obra pública portuária do Brasil em andamento, que vai conectar 11 terminais portuários e reduzir os cruzamentos de linhas férreas em Paranaguá”, exemplificou Jardim. A Portos do Paraná também utiliza uma plataforma de análise de dados fornecida pela Microsoft, que reúne indicadores importantes de inspeção e manutenção de defensas, cabeços de amarração e sinalização, tais como data da inspeção destes equipamentos, o que foi inspecionado e quando algo foi reparado. É uma tecnologia que leva ao planejamento da compra de materiais, monitoramento das obras e da qualidade, auxiliando em um planejamento de reparos futuros.

Serviço Geológico do Brasil realiza para estudos sobre erosões costeiras em Guaratuba

Trabalho faz parte da segunda fase de campo do projeto Dinâmica Costeira no município e será realizado até sexta-feira Foto: SGB / Divulgação Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) começaram, na segunda-feira (8), a segunda fase de campo do projeto Dinâmica Costeira Continental no município de Guaratuba. O objetivo é analisar as transformações das praias ao longo das estações do ano, identificando áreas mais vulneráveis a ressacas e trechos suscetíveis à erosão costeira, além de indicar os meses mais críticos à perda de areias nas praias. Os resultados desses estudos dão subsídios para adaptação dos municípios costeiros frente às mudanças climáticas. A etapa atual segue até sexta-feira (12) nas praias Central, Caieiras e Brejetuba. Esse projeto é realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), compartilhando informações e atuações técnicas. O estudo envolve uma série de levantamentos com uso de drones, coleta de materiais e análises laboratoriais ao longo de dois anos, permitindo a análise da dinâmica das praias ao longo dos anos. A primeira etapa ocorreu em março de 2025. Ao final, os resultados, incluindo os dados de drone, serão disponibilizados para a sociedade e para que outros pesquisadores possam desenvolver pesquisas próprias. O Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, está ampliando os estudos do projeto Dinâmica Costeira em parceria com universidades. De acordo com o SGB, esse é um trabalho pioneiro e visa o avanço do conhecimento geocientífico para apoiar políticas públicas. O primeiro estudo foi realizado em São Vicente, no litoral de São Paulo, e os resultados foram entregues no dia 7 de agosto. Além dos estudos que ocorrem em Guaratuba, neste mês, também foi realizada a terceira etapa de campo do projeto em Maricá (RJ), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fragilidades na região costeira As regiões costeiras são consideradas ambientes naturalmente frágeis devido à dinâmica complexa associada à ação das marés, ventos e ondas, aumento do nível do mar, além dos impactos provocados por atividades humanas, como urbanização, poluição e exploração dos recursos naturais. Esse cenário impacta diretamente a vida da população. Aproximadamente 50 milhões de pessoas vivem na região costeira do Brasil, segundo o Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil (2011). Esse total representa cerca de 25% de toda a população do país. Fonte: Larissa Souza/ Núcleo de Comunicação do SGB / Ministério de Minas e Energia