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Serviço Geológico do Brasil realiza para estudos sobre erosões costeiras em Guaratuba

Trabalho faz parte da segunda fase de campo do projeto Dinâmica Costeira no município e será realizado até sexta-feira
Foto: SGB / Divulgação

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) começaram, na segunda-feira (8), a segunda fase de campo do projeto Dinâmica Costeira Continental no município de Guaratuba.

O objetivo é analisar as transformações das praias ao longo das estações do ano, identificando áreas mais vulneráveis a ressacas e trechos suscetíveis à erosão costeira, além de indicar os meses mais críticos à perda de areias nas praias.

Os resultados desses estudos dão subsídios para adaptação dos municípios costeiros frente às mudanças climáticas. A etapa atual segue até sexta-feira (12) nas praias Central, Caieiras e Brejetuba.

Esse projeto é realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), compartilhando informações e atuações técnicas. O estudo envolve uma série de levantamentos com uso de drones, coleta de materiais e análises laboratoriais ao longo de dois anos, permitindo a análise da dinâmica das praias ao longo dos anos. A primeira etapa ocorreu em março de 2025. Ao final, os resultados, incluindo os dados de drone, serão disponibilizados para a sociedade e para que outros pesquisadores possam desenvolver pesquisas próprias.

O Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, está ampliando os estudos do projeto Dinâmica Costeira em parceria com universidades.

De acordo com o SGB, esse é um trabalho pioneiro e visa o avanço do conhecimento geocientífico para apoiar políticas públicas. O primeiro estudo foi realizado em São Vicente, no litoral de São Paulo, e os resultados foram entregues no dia 7 de agosto. Além dos estudos que ocorrem em Guaratuba, neste mês, também foi realizada a terceira etapa de campo do projeto em Maricá (RJ), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Fragilidades na região costeira

As regiões costeiras são consideradas ambientes naturalmente frágeis devido à dinâmica complexa associada à ação das marés, ventos e ondas, aumento do nível do mar, além dos impactos provocados por atividades humanas, como urbanização, poluição e exploração dos recursos naturais. Esse cenário impacta diretamente a vida da população.

Aproximadamente 50 milhões de pessoas vivem na região costeira do Brasil, segundo o Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil (2011). Esse total representa cerca de 25% de toda a população do país.


Fonte: Larissa Souza/ Núcleo de Comunicação do SGB / Ministério de Minas e Energia



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