Panificadora de vereador de Guaratuba é autuada
A Vigilância Sanitária Estadual autuou, pelo segundo ano consecutivo, a panificadora Chateaubriand, de propriedade do vereador Mauricio Lense, por diversas irregularidades, entre elas falta de higiene. A informação é do “Jornal de Guaratuba”. Nas redes sociais e no “Jornal da Hora”, o vereador reclama de perseguição.
O Jornal de Guaratuba informa que “de acordo com a fiscalização estadual, que acontece em todo o Litoral, em maio de 2014 o estabelecimento apresentava oito irregularidades, entre eles óleo de fritura com aparência de velho, falta de higiene em maquinários, utensílios, fogão, forno, prateleiras, estantes e teto”. “Até nas formas de pão foram encontradas ‘crostas de sujidades’”, destaca a reportagem.
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No dia 26 de maio deste ano, os fiscais retornaram e descobriram que a empresa havia mudado a razão social. Mas a falta de higiene era a mesma. Desta vez, foram encontradas nove irregularidades, apontando as correções necessárias:
1) Trocar o óleo de frituras sempre que necessário, quando observar formação de espumas e aparência escura;
2) Separar e identificar alimentos com prazo de validade vencido;
3) Manter produtos na temperatura recomendada pelo fabricante e “não congelar leite”;
4) Providenciar proteção para os pães colocados em cima do balcão “sem proteção contra insetos e poeira”;
5) Providenciar proteção para luminárias na área de produção;
6) providenciar telas nas portas do depósito e acesso à área de panificação;
7) Substituir a base de madeira de mesa por material impermeável e resistente á corrosão;
8) Colocar data de fabricação e validade nos produtos fracionados e abertos;
9) Manipuladores não poderão fazer uso de adornos durante o serviço;
Após a fiscalização estadual, a Prefeitura de Guaratuba constatou que a panificadora do vereador não possui alvará de funcionamento e teve de embargá-la. O alvará é expedido após a inspeção e aprovação do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária e apresentação dos documentos.
Decorrido quase seis meses do início do ano, a panificadora de Maurício Lense não providenciou nenhuma das exigências.
“Conveniência comercial”
Em resposta à série de irregularidades, o vereador-empresário escreveu uma faixa dizendo que fechou “por perseguição política”. No Facebook ele afirma que passará a cumprir a lei e admite que decidiu fechar o estabelecimento: “Para evitar constrangimentos, e em obediência a legislação fechamos nossa empresa até que tudo se esclareça”.
Sobre a mudança da razão social que surpreendeu os fiscais do Estado, o vereador afirma que foi feita “por conveniência comercial”.
O que foi omitido nas redes sociais pelo vereador é que ele próprio informou à Vigulância Sanitária Estadual que alterou a empresa gestora do comércio, porém a nova empresa sequer solicitou à Prefeitura, até a presente data, o pedido de alvará de funcionamento, portanto a empresa estava aberta sem licença do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária.
Debate nas redes sociais
Nas redes sociais, diversas pessoas se solidarizaram com o vereador enquanto alguns questionaram as irregularidades e criticaram qualquer privilégio ao empresário pelo fato de ele ser vereador.