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Pró-Hansen debate projeto do hospital com vereadores e população

Nesta terça-feira (5), cerca de 50 pessoas compareceram à reunião pública com representantes da Fundação Pró-Hansen, instituição filantrópica que pretende construir um hospital em Guaratuba.

Segundo o presidente da Câmara, Magalhães de Oliveira, a reunião foi convocada para embasar os vereadores na discussão do projeto de lei º 1.380. Oliveira também convidou a população a participar e todos puderam fazer perguntas por escrito.

A fundação Pró-Hansen foi representada por sua presidente, Ivone Tod Dechandt, pelos conselheiros Vanderlei Donini e Morel Azevedo e membro da equipe administrativa Arnoldo Tod.

Donini fez uma apresentação do projeto do hospital, deu explicações detalhadas e respondeu a dúvidas. De acordo com ele, o hospital terá uma área construída de cerca de 8.000 metros quadrados, deverá ter 100 leitos – sendo 20 de UTIs – e uma equipe de cerca de 100 médicos e 300 outros profissionais.

Custos – Entre as questões levantadas, os representantes explicaram que a destinação de 60% dos leitos e atendimentos do futuro hospital para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) são exigências legais para instituições filantrópicas. Eles não descartaram atender mais do que isto. Também foi reafirmado que o custo previsto da construção e dos equipamentos é estimado em torno de 15 milhões de dólares. De acordo com Donini, grande parte dos recursos devem ser financiados pelo Banco Mundial.

O custo de manutenção do hospital, segundo ele, será custeado pelo SUS, por convênios médicos, pacientes particulares e por doações.

Política e sociedade – Na explanação, o representante da Pró-Hansen afirmou que a viabilidade econômica está baseada na demanda por atendimento da população fixa de Guaratuba, da população flutuante dos turistas e dos moradores das cidades próximas. A viabilidade técnica se fundamenta na experiência da fundação, que completa 25 anos em 2015 e dos parceiros. Donini ressaltou, no entanto, o requisito de que o projeto seja “politicamente aceitável e socialmente necessário”.

Estádio Municipal – A reunião durou mais de três horas. Quase no final, o atleta Fabio Ferentz teve um desentendimento com o vereador Raul Chaves e a Polícia Militar acabou sendo chamada. Dois policiais chegaram a entrar na Câmara para conversar como atleta, mas foram embora em seguida depois de diversos vereadores intervirem. Ferentz então interrompeu a reunião aos gritos para criticar a destinação de uma área onde fica um campo de futebol denominado Estádio Municipal Acir Braga para o futuro hospital. Ele defendeu que a obra fosse feita em outro lugar. Durante boa parte da reunião, o atleta segurou uma faixa com os dizeres “Local de esporte, não é local de hospital”.

O presidente da Câmara e os vereadores Fabio Chaves, Laudi tato e Sergio Braga comentaram que a construção do hospital não significa menosprezo ao esporte e afirmaram que vão cobrar a destinação de uma área para construir um novo estádio. Nesta quinta-feira (7), a administração municipal informou que já está fazendo a escolha de uma área.

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