Redes sociais: vieram pro bem ou pro mal?
Dia desses um garotão mais novo que meus filhos, me pediu amizade no Facebook. Aceitei, pois mesmo não o conhecendo pessoalmente, era amigo de alguns amigos, e pensei: se ele quer ser meu “amigo”, que seja bem-vindo.
Passado um tempo, curtia, comentava ou criticava minhas postagens. Até aí tudo bem, é parte do amadurecimento dele e do debate de ideias a que nos propomos quando incluímos alguém em nossas amizades virtuais.
Recentemente numa postagem minha sobre a seletividade e até hipocrisia das pessoas e da mídia com os escândalos de corrupção, me abri ao debate, como sempre fiz na minha vida como professor universitário.
Lá pelas tantas, o jovem não satisfeito com meus argumentos sobre a incoerência das pessoas em condenar a corrupção de alguns políticos da sua fé, me xingou!
Aí perguntei pra ele: “Então por que você pediu minha amizade e me segue, se não gosta da minha forma de pensar?”
Claro que o excluí imediatamente da minha lista de “amigos” virtuais, né?! Contei essa minha experiência, como outras, que é pra comparar com as de milhares de pessoas. Todos têm casos similares aos meus, que não foi o primeiro e nem o último.
O que fica claro é o seguinte: as redes sociais, como Facebook, Twitter, WhatsApp, Instagram entre outras, vieram pra ficar, seja pro bem ou pro mal.
Qual é o “bem”?
Elas rompem com a velha mídia que era a senhora da “verdade” na formação da opinião pública de massa. Hoje bilhões de pessoas pelo mundo se comunicam e instantaneamente as notícias e informações correm o planeta.
As poderosas Seis Famílias que dominavam a mídia tradicional do Brasil, como suas redes de televisão, jornais e revistas semanais: Rede Globo, SBT, Band, revistas Veja, Época, jornais Folha e Estado de São Paulo estão perdendo espaço de forma acelerada.
A nova geração de jovens têm outros acessos, e até os corôas da minha geração aderem lentamente a essas redes de interação social e troca de informações e opiniões.
Velhos amigos e parentes se reencontram e se aproximam, o que é fantástico!
Qual é o “mal”?
O que estas redes sociais nos jogam no rosto e nas nossas mentes são perfis psicológicos, culturais, de valores morais e políticos que não imaginávamos.
Nos surpreendemos positiva e negativamente com as pessoas, e surge aquela famosa frase: “Não sabia que ela pensava daquela forma, estou chocado!”
Isto acontece diariamente comigo, e estou certo que muitas pessoas passaram a me conhecer melhor lendo minhas postagens.
Já há tecnologia usada pelo Google, Facebook e pelos demais gigantes da internet, que traça um padrão dos nossos comportamentos sociais, ideológicos, morais, éticos etc., ou seja, eles sabem mais de nós, do que nós mesmos.
As redes que aproximam as pessoas, também as afastam: descobri amigos racistas, homofóbicos, agressivos, preconceituosos e até alinhados com sistemas políticos que o mundo já condenou no passado: o nazifascismo.
Claro que deixei de segui-los. A amizade ficará restrita ao “oi tudo bem?” da cordialidade sociais do nosso sagrado dia a dia.
Finalizando: as redes sociais servem para o bem e para o mal, só depende de nós!
É a Minha Opinião.