Requião Filho denuncia manipulação de notas e frequências no sistema educacional do Paraná

O deputado estadual Requião Filho (PDT) encaminhou ofícios ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitando a investigação de possíveis fraudes no sistema de avaliação escolar da rede pública de ensino.

Os documentos se baseiam em denúncias de professores que perceberam alterações da Secretaria da Educação (Seed-PR) no preenchimento de notas e frequência, com o objetivo de inflar artificialmente os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Segundo o parlamentar, os relatos recebidos indicam que notas atribuídas pelos docentes estão sendo modificadas dentro das plataformas institucionais. Em alguns casos, estudantes reprovados com nota 4,0 aparecem, mais tarde, aprovados no sistema com nota 6,0. Outro ponto citado é a omissão de registros de frequência escolar, permitindo a aprovação automática de alunos com baixa frequência em sala de aula, estando abaixo dos 75% determinados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
“A denúncia é urgente e preocupante. Não podemos permitir que professores sejam desautorizados ou tenham sua autonomia de avaliação comprometida, com intervenções administrativas que distorcem a realidade do desempenho escolar”, afirma Requião Filho. “Essas práticas, se confirmadas, desrespeitam o trabalho pedagógico e comprometem a credibilidade dos dados educacionais do Estado”, completa.
Nos ofícios enviados ao ministro da Educação, Camilo Santana, e ao procurador-geral de Justiça do Paraná, Francisco Zanicotti, são solicitadas a abertura de auditoria para apurar os resultados apresentados pelo governo do Paraná no IDEB.
De olho na Educação – O deputado lembra que, recentemente, promoveu um encontro com professores da rede pública estadual e recebeu diversas queixas sobre a plataforma utilizada para o lançamento de presença e notas dos estudantes.
“Ouvi relatos preocupantes sobre pressão institucional e falhas na transparência da plataforma. O governo do Paraná precisa garantir a credibilidade das informações dos alunos. Sabemos da propaganda de que o estado tem a melhor educação do Brasil, mas será que a prática realmente sustenta esse discurso?”, questiona e finaliza o parlamentar.