Delegado de Matinhos é preso em operação do Gaeco
O Gaeco e a 2ª Promotoria de Justiça de Ibaiti, no Norte Pioneiro, cumpriram, na manhã desta segunda-feira, 29 de janeiro, mandado de prisão preventiva contra o delegado de Matinhos, Max Dias Lemos.
O delegado é investigado por corrupção passiva majorada e falsificação de documento público.
Também foram presos um ex-policial militar, o sogro do prefeito de Ibaiti e o suposto líder da organização criminosa, pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa majorada. A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) faz parte da operação Atrox, que investiga os crimes de tráfico de drogas e corrupção.
Durante a operação, que contou com o apoio da Polícia Militar, foram cumpridos ainda nove mandados de busca e apreensão, na delegacia de Matinhos e em residências localizadas em Ibaiti, Telêmaco Borba, Matinhos e Londrina.
Investigações – A deflagração da operação Atrox resultou de oito meses de investigação, tendo em vista denúncias de que traficantes haviam sido presos quando transportavam drogas de Ibaiti a Matinhos, em uma caminhonete Chevrolet S-10. Segundo o Ministério Público, “o delegado teria liberado os traficantes ilegalmente, adulterando as peças do inquérito policial, mediante o recebimento de vantagem indevida”. (Com informações do MPPR)
Adepol, até prova em contrário, delegado é inocente

Em nota enviada ao Correio do Litoral, a Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná) informa que seus advogados “estão tendo ciência da situação e já estão tomando as providências cabíveis a fim de garantir ao associado (imputado) seus direitos constitucionais e defender a busca da verdade real no caso”.
Também afirma que “até que se prove o contrário defende a inocência do delegado, até porque em outros episódios dessa natureza, a justiça em foro liminar TJ PR anulou os decretos de prisão expedidos por ausência de justa causa”. Leia, na íntegra:
Nota à imprensa
A Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol-PR), acompanha desde as primeiras horas do dia a operação “ATROX” realizada pelo Ministério Público e Polícia Militar, que resultou em cumprimentos de mandados de busca e apreensão na cidade de Matinhos-PR e na prisão do Delegado Titular da delegacia local, Max Dias Lemos entre outros.
Os advogados do Departamento Jurídico da ADEPOL estão tendo ciência da situação e já estão tomando as providências cabíveis a fim de garantir ao associado (imputado) seus direitos Constitucionais e defender a busca da verdade real no caso.
Descortinados os fatos com acesso às peças do Processo, serão feitos à imprensa e à sociedade um pronunciamento detalhado. A entidade de classe, até que se prove o contrário defende a inocência do delegado, até porque em outros episódios dessa natureza, a justiça em foro liminar TJ PR anulou os decretos de prisão expedidos por ausência de justa causa.
AdepoL-PR