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Duas exposições em Curitiba mostram cultura do Litoral

Boi Barroso de Antonina e “Jeito de Ser Guarani” de seis comunidades indígenas podem ser vistos em dois espaços da Capital

Quem estiver em Curitiba nesta semana, vai poder ver duas exposições que falam muito da cultura e da história do Litoral. 

A Biblioteca Pública do Paraná no mês de março estará comemorando 165 anos, e nesta terça-feira (dia 28), às 14h30, o Bloco Folclórico do Boi Barroso estará representando a cidade de Antonina com a exposição Rogai Por Nós.

De 28 de fevereiro a 22 de março a exposição, que acontece no rol de entrada do prédio, mostrará um pouco da história do Boi Barroso que há décadas vive em Antonina, também irá contar histórias das capelas da cidade, através de banners, fotos, entre outros adereços.

São 21 estandartes, além de fotos e imagens religiosas, organizados por meio de uma parceria entre o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR) e o Grupo Folclórico Boi Barroso.

Já apresentada em Antonina e em espaços da UFPR, Rogai Por Nós busca mostrar que as comunidades do entorno de cada capela são parte fundamental da configuração da cidade como espaço de memória. A exposição tem curadoria da Família Pinto, responsável pelas atividades do Boi Barroso e conhecida por seu trabalho de preservação cultural no município, e da professora Deise Picanço, do projeto Mutirão Mais Cultura, da UFPR.

A Biblioteca Pública do Paraná fica na rua Cândido Lopes, no Centro de Curitiba, nº 133, e abre, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 20h, e aos sábados, das 8h30 às 13h.

Não muito longe dali, na Universidade Federal do Paraná, a exposição “Nhande Mbya Reko: Nosso Jeito de Ser Guarani” apresenta aspectos da forma de vida, arte, cosmologia e religiosidade do povo Guarani.

Além de tratar de comunidades que também estão presentes em nossa região, a exposição abre o espaço permanente na capital do MAE – Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, que tem sede em Paranaguá. 

A exposição é resultado da colaboração entre seis comunidades da região litorânea do Paraná – Tekoa Takuaty, Pindoty (Terra Indígena (TI) Ilha da Cotinga/Paranaguá), Kuaray Guata Porã (TI Cerco Grande-Guaraqueçaba); Guaviraty e Karaguata Poty (TI Sambaqui/Pontal do Paraná), Kuaray Haxa (Morretes) – e o MAE-UFPR.

O objetivo deste trabalho é trazer ao público aspectos da forma de vida, da arte, da cosmologia e da religiosidade Guarani tomando como ponto de partida o artesanato, buscando mostrar o cotidiano dessas comunidades tradicionais. Isso é mostrado com o contraste entre o artesanato fabricado para a venda aos jurua (não-indígenas) e os objetos tradicionais, voltados para as dinâmicas próprias das comunidades Guarani Mbya, como a religiosidade.

O Espaço do MAE-UFPR em Curitiba está localizado no subsolo do Prédio Histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade, e está aberto ao público para visitação de segunda a sexta das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h.

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