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Incra fará estudo para reforma agrária em Garuva

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) terá 90 dias para fazer um estudo de viabilidade de reforma agrária na área ocupada pelo MST às margens da SC-417, em Garuva.

A informação é do jornal do SBT de Santa Catarina, que acompanhou, na terça-feira (9) a audiência de conciliação da Justiça, realizada no Fórum de Garuva. O jornal destaca que os sem-terra terão o mesmo prazo para desocupar a área. Ou seja, poderão permanecer no acampamento durante os três meses em que o órgão federal realiza o estudo.

Um pedido de reintegração de posse foi apresentado por um locatário que está há menos de um ano em uma fração da área que, segundo o MST, tem cerca de mil hectares improdutivos.

Segundo fontes, os 39 hectares foram alugados para evitar uma ocupação que era iminente e a consequente desapropriação da área total. De acordo com outras fontes, a Fazenda Ouro Verde, pertence à Meyer Agroindústria e tem uma execução que data de 2013. A mesma fonte destaca que dejetos da fazenda ficam próximos de manancial da Sanepar, já que a área, na localidade de Mina Velha, está na divisa com o Paraná, em Guaratuba.

Estas suspeitas e a defesa do proprietário terão de passar pelo crivo dos técnicos do Incra e também da Justiça. Em Santa Catarina, o Judiciário tem um setor apenas para tratar destes assuntos: a Unidade das Questões Agrárias, que tem sede na cidade de Chapecó.

A ocupação da área aconteceu no dia 10 de abril. Hoje, cerca de 200 famílias acampam na área e já trabalham na terra, além da estrutura para abrigar as famílias. São pessoas das cidades catarinenses de Garuva, Joinville, Jaraguá do Sul e Araquari e, segundo o Jornal do SBT, também do Paraná.

O “Acampamento Egídio Brunetto” planeja a produção de alimentos orgânicos, sem a utilização de agrotóxicos.

 

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