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Mulher presa pela PF em Guaratuba cometia crimes em Curitiba

Imagem da Operação Duas-Caras divulgada pela RPC TV

A prisão preventiva em Guaratuba da Operação Duas-Caras é de uma mulher. Segundo o delegado da Polícia Federal Rodrigo Martins, ela ia a Curitiba cometer os crimes, ou seja, fazer saques ou compras com cartões de contas de poupança das vítimas. A suspeita já havia sido presa durante as investigações, informou o delegado à rádio Difusora, de Paranaguá.

A Polícia Federal não divulgou seu nome, assim como de 11 das 13 pessoas alvos dos mandados de prisão – apenas Sérgio Rodrigues de Oliveira, apontado como líder da quadrilha, e o funcionário da Caixa Francisco Casamasmo Júnior tiveram os nomes informados.

A moradora de Guaratuba cumprirá prisão preventiva, que não tem prazo de duração.

Também de Guaratuba, foi conduzido coercitivamente uma pessoa para depor da sede da Superintendência da PF, em Curitiba. De Matinhos, foi conduzida outra pessoa coercitivamente.

Uma quarta pessoa do Litoral, gerente do banco Santander de Paranaguá, foi conduzido coercitivamente por ter auxiliado Sérgio Rodrigues de Oliveira a abrir uma conta com documentos falsos. Um morador de Paranaguá foi lesado com empréstimos e compras feitas em seu nome. A PF desconfia que seria o início de um golpe semelhante à da Operação Duas-Caras.

Operação visou 26 pessoas

A Operação Duas-Caras teve como alvo 13 pessoas com mandados de prisão e 13 com condução coercitiva.

A operação visou um grupo especializado na prática de diversos crimes contra a Caixa Econômica Federal

A Polícia Federal identificou um grupo criminoso estruturado e organizado na prática de ações criminosas contra a Caixa Econômica Federal que contava com atuação ativa de um funcionário do próprio banco.

O funcionário suspeito pesquisava e identificava contas poupança de clientes do banco com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas, repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso investigado.

Com os dados dos clientes em mãos, o líder do grupo solicitava a elaboração de documentos falsos, complementando os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que geralmente possuíam acesso a banco de dados, em razão de suas profissões.

Os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a “falsa” perda do cartão bancário, fato que gerava um novo envio de cartão.

Os cartões eram retirados nos centros de distribuição dos Correios com uso de documentos falsos, e se iniciava a série de saques nos caixas eletrônicos, compras na modalidade débito e saques e transferências na boca do caixa, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto.

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