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Exame toxicológico de cabelo ou de pelo: entenda as diferenças e as aplicações

Descubra as principais diferenças e como essa escolha pode influenciar os resultados Foto: Divulgação/Adobe Stock A realização de exames toxicológicos é uma prática comum em diversas áreas, como segurança do trabalho, processos judiciais e até mesmo em casos de seleção de emprego. Entre os métodos disponíveis, os exames toxicológicos de cabelo e de pelo têm se destacado pela capacidade de detectar substâncias consumidas em um período prolongado. Apesar de parecerem semelhantes, esses dois exames possuem diferenças importantes que podem impactar a escolha do método mais adequado para cada situação. Como funcionam os exames toxicológicos de cabelo e pelo? O exame toxicológico de cabelo é amplamente utilizado para detectar a presença de substâncias psicoativas, como drogas ilícitas, em um período entre 90 e 180 dias. O cabelo é um tecido queratinizado, que possui a capacidade de armazenar substâncias consumidas ao longo do tempo. Quando uma pessoa ingere uma droga, essa substância circula pelo sangue e se fixa nos folículos capilares. À medida que o cabelo cresce, as substâncias ficam "preservadas" dentro dos fios, permitindo que o exame identifique o histórico de consumo. Já o exame toxicológico de pelo segue um princípio semelhante ao do exame de cabelo, mas é realizado utilizando amostras de pelos corporais, como os pelos do braço, perna ou axila. A escolha por esse tipo de amostra pode ser necessária em situações onde a pessoa não possui cabelo suficiente para a realização do exame ou quando a análise de uma amostra alternativa é requerida. Diferenças na detecção e interpretação dos resultados Embora ambos os exames possam identificar o uso de substâncias por períodos semelhantes, a escolha entre cabelo ou pelo dependerá principalmente das condições do paciente e do objetivo do exame. Para monitoramento de longo prazo, o exame de cabelo é preferido devido à consistência e maior linearidade no crescimento. Já o exame de pelo oferece uma solução viável em situações onde a coleta de cabelo não é possível. Em termos legais e de exigências trabalhistas, ambos os exames são aceitos em processos seletivos em concursos públicos e em outras situações regulamentadas, como para motoristas profissionais, desde que cumpram os critérios de qualidade e precisão. Aplicações e limitações de cada método A escolha entre o exame toxicológico de cabelo ou de pelo vai depender do contexto em que o exame será utilizado. Contudo, é importante ressaltar que ambos os exames têm eficácia e limitações. A interpretação dos resultados exige a expertise de profissionais capacitados, que possam contextualizar os achados dentro do histórico do indivíduo. Contexto do exame A escolha entre o exame toxicológico de cabelo ou de pelo depende de diversos fatores, incluindo o contexto em que o exame será utilizado, a quantidade e tipo de amostra disponível, e as necessidades específicas de detecção. Ambos os métodos são acessíveis e amplamente disponíveis em laboratórios especializados. Portanto, antes de realizá-lo vale consultar o valor do exame toxicológico e entender qual se aplica melhor ao seu próprio contexto. Independentemente do método escolhido, é fundamental que a realização e interpretação dos exames sejam feitas por profissionais qualificados, garantindo a precisão e confiabilidade dos resultados obtidos.

Universitários de Foz apresentam carro movido a hidrogênio verde

Rumo à mobilidade sustentável acadêmicos da Unioeste e da Unila participam da competição no Rio de Janeiro. O veículo, movido com hidrogênio produzido no Itaipu Parquetec, é o único do Brasil a disputar a categoria.  A competição mais aguardada do ano para o Grupo Cataratas de Eficiência Energética (GCEE) de Foz do Iguaçu chegou: a Shell Eco-marathon Brasil. A equipe, formada por acadêmicos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), participam da maratona de 27 a 30 de agosto, no Pier Mauá, Rio de Janeiro, contribuindo a criação de soluções e tecnologias em energia limpa.    A competição desafia jovens a pensar, desenhar e construir protótipos de carros ultraeficientes e em seguida, levá-los para competir na pista. Com disputas nas categorias Etanol, Gasolina, Bateria Elétrica e Hidrogênio, a Shell Eco-marathon Brasil tem como proposta completar o percurso com maior eficiência energética (menor consumo). Nesta edição de 2024, a maratona recebe equipes de estudantes de várias cidades do Brasil e de países como Bolívia, Colômbia, México e Peru. A equipe de Foz do Iguaçu, que conta com 22 universitários dos cursos de Engenharia Elétrica, Mecânica, Energia e Ciência da Computação, leva para a maratona dois protótipos de veículos, um deles movido a bateria elétrica e o outro 100% com hidrogênio verde. A construção dos carros ocorreu nos laboratórios do Itaipu Parquetec, por meio de um Projeto de Extensão do Centro de Engenharias e Ciências Exatas (CECE) da Unioeste, iniciado em 2009 e que segue ao logo dos anos evoluindo no desenvolvimento dos projetos. De acordo com a capitã do grupo e estudante de Engenharia Elétrica da Unioeste, Ana Lúcia, o objetivo é tornar os veículos cada vez mais eficientes, reduzindo o consumo de combustíveis e gerando benefícios para a sociedade na questão da sustentabilidade. “O hidrogênio já é uma energia limpa e conseguimos melhorar ainda mais, fazendo com que ele seja mais eficiente e diminuindo os custos para a produção desse combustível, possibilitando com que todos tenham acesso a ele avançando o tema de descarbonização da frota que é tão importante”, explicou. O hidrogênio verde, fonte do combustível do veículo desenvolvido pelo Grupo Cataratas de Eficiência Energética, é produzido na Planta Experimental do Itaipu Parquetec, implementada em 2011 para o desenvolvimento de tecnologias aplicadas à produção, armazenamento e conversão do hidrogênio. Além de contar com toda a infraestrutura de equipamentos para a produção, armazenamento e aplicação do hidrogênio verde, também possui experiência técnica para apoiar nacionalmente pesquisas e projetos inovadores e sustentáveis para a integração na matriz energética brasileira. Para a co-capitã do GCEE e aluna do curso de Engenharia Mecânica da Unioeste, Giulia Demarchi, o projeto dos veículos vem para demonstrar a viabilidade do hidrogênio como combustível e ampliar as pesquisas para essa área no Brasil. “Somos a única equipe brasileira que competirá na categoria hidrogênio. Isso mostra que no Itaipu Parquetec, tendo a Planta de Hidrogênio Verde, é possível que a tecnologia do hidrogênio pode ser implantada em carros do nosso cotidiano, podendo melhorar ainda mais a sustentabilidade, o carbono zero e a mobilidade verde”, disse. O subcoordenador do projeto e professor da Unioeste, Fernando José Gaiotto, destacou que a iniciativa une a pesquisa, ensino e extensão em um único projeto e os resultados obtidos demonstram a dedicação e competência dos estudantes. “Ficamos felizes ao ver o desempenho dos participantes e forma com que eles começaram a construção dos veículos há um ano. Foi possível graças ao apoio de pessoas e patrocinadores que acreditaram na ideia que eles trouxeram em propor um carro eficiente movido a hidrogênio e aplicar o hidrogênio verde que é produzido no Itaipu Parquetec. Hoje temos um projeto de extensão que integra a Unioeste e a UNILA pelo objetivo de colocar nas ruas um veículo protótipo de hidrogênio e o primeiro produzido no Brasil a competir na Shell Eco-marathon”, ressaltou. Entre os patrocinadores estão a Itaipu Binacional e Governo do Estado do Paraná. Segundo o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, professor Irineu Colombo, o Parque Tecnológico se orgulha em apoiar o conhecimento, a inovação e sustentabilidade. “O desenvolvimento de projetos e construção de veículos de eficiência energética, elétricos e a hidrogênio refletem em nossa missão de transformar conhecimento e inovação em bem-estar social. São pesquisas e avanços que agregam benefícios tanto para os acadêmicos, quanto para o meio ambiente e o futuro da sociedade”, afirmou.  Sobre a Shell Eco-marathon – Criada em 1939, a competição começou como uma aposta entre funcionários da Shell sobre quem conseguiria ir mais longe usando a mesma quantidade de combustível. 21 km: este foi o recorde estabelecido no engenhoso desafio, criando um legado que se estende globalmente até os dias de hoje. A Shell Eco-marathon foi lançada oficialmente em 1985, na França. Nos últimos 37 anos, o programa tem impulsionado estudantes a criação dos seus próprios carros ultra eficientes em termos de energia. Confira todas as fotos do projeto acessando: https://flic.kr/s/aHBqjBELpE