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Ratos invadem praias de Guaratuba e prefeitura diz que é culpa da forte temporada

Vídeo divulgado por Antonio Labatut

Em meio a uma epidemia de dengue, a população de Guaratuba inicia o ano de 2024 também temendo a leptospirose, doença transmitida por ratos.

Denúncias nas redes apontam lixos em terrenos e ruas por toda a cidade – junto com o acúmulo de água, que favorece a proliferação do mosquito da dengue. A situação é verificada em todos os bairros, inclusive no Centro. Mas o que mais chamou a atenção, inclusive das autoridades municipais, foi a grande quantidade de ratos na praia.

Um vídeo circula nas redes sociais mostrando os animais que infestam a areia da Praia Central. Após a divulgação, a Prefeitura de Guaratuba publicou uma nota em que diz que “o aumento da população de roedores decorre da maior oferta de alimentos nas praias, reflexo do grande fluxo de banhistas durante a temporada de verão”.

A informação, publicada nas redes sociais da prefeitura provocou algumas respostas irônicas e outras indignadas da população. “Para dirimir o problema, a Prefeitura está tomando todas as medidas cabíveis, tendo iniciado pela identificação das áreas de maior ocorrência”, diz o comunicado. 

A prefeitura informa que, agora, “está adquirindo armadilhas específicas” e avisa que elas “produzem efeito de médio a longo prazo”.

Após a divulgação das imagens, “também será iniciada uma campanha de conscientização, para que as pessoas que frequentam as praias não deixem nenhum tipo de resíduo de alimentos ou embalagens, bem como será reforçada a orientação para que os concessionários dos quiosques redobrem seus cuidados com os resíduos decorrentes das suas atividades”, diz a nota oficial.

Dengue – Com 869 confirmações em uma semana, Guaratuba é a cidade do Litoral com mais casos de dengue, superando Paranaguá que tem mais do que o triplo da população. Também supera Antonina, que decretou emergência em saúde no mês de janeiro e tem reduzido o número de casos. 

De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, no sábado (dia 13) já havia 3.284 casos registrados.

A prefeitura decretou emergência no final de março. Mesmo assim, faltam medicamentos básicos para tratamento da doença na farmácia pública municipal e no Pronto Atendimento. Os usuários da rede pública têm de comprar soro fisiológico e dipirona prescritos pelos médicos da rede pública.

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