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Comunidade portuária apresenta iniciativas sustentáveis no 1º Encontro COP Portos Sustentáveis 

Todas as propostas e compromissos do encontro em Paranaguá serão levados à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em novembro, em Belém (PA) Encontro foi realizado na sede da Portos do Paraná | fotos: Claudio Neves/Portos do Paraná As principais ações ambientais aplicadas nos portos paranaenses pela comunidade portuária foram apresentadas nesta terça-feira (15), no 1º Encontro COP Portos Sustentáveis, realizado no Palácio Taguaré – sede administrativa da Portos do Paraná, em Paranaguá. A autoridade portuária paranaense foi a anfitriã da primeira, das três edições, do evento promovido pelo Grupo Tribuna, de Santos (SP), que reuniu mais de cem pessoas para debater soluções ambientais voltadas ao setor portuário. “É um orgulho que o Grupo Tribuna entenda o Paraná como o primeiro lugar para realizar o evento. O segundo encontro será no Porto de Suape e o terceiro, no de Santos. O encontro permite que o setor portuário tenha oportunidade de propor melhores soluções e práticas para a transição energética”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “A gente percebe inúmeras iniciativas, não só do governo federal, mas também dos portos do Brasil, e a gente vai direto ao encontro da falta de comunicação entre todos esses projetos. Então, o Grupo Tribuna pôde contribuir muito nesse sentido”, enfatizou Maxwell Rodrigues, consultor de assuntos portuários do Grupo Tribuna. Todas as propostas e compromissos serão levados à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em novembro, em Belém (PA). “Pela sexta vez consecutiva, apresentaremos ao planeta um trabalho de vanguarda e que a ONU reconhece como excelência no setor portuário do planeta”, afirmou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana. A Portos do Paraná é a única empresa portuária do mundo a participar cinco vezes seguidas da Conferência do Clima, a convite da ONU. O evento conta com a participação de autoridades portuárias de outros estados e representantes de entidades como a Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH), Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Associação Americana de Autoridades Portuárias da América Latina (AAPA Latam), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e Ministério de Portos e Aeroportos. Luiz Fernando Garcia Projetos inovadores A programação do evento incluiu quatro palestras sobre temas ambientais que impactam diretamente o setor portuário, conduzidas por profissionais que atuam na comunidade portuária do Porto de Paranaguá. A primeira foi ministrada pelo gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Schwanka, que apresentou os projetos socioambientais realizados pelos portos paranaenses. Em 2024, a empresa pública investiu R$ 35 milhões em programas de meio ambiente e ações socioambientais. Do total, aproximadamente R$ 20 milhões foram aplicados diretamente em prol das comunidades do litoral paranaense. A coordenadora de ESG da Rocha Terminais Portuários e Logística, Larissa Guimarães, e a analista de sustentabilidade, Maitê Carlim, apresentaram projetos inovadores, com destaque para o sistema Start-Stop. “Implementamos o mesmo sistema utilizado na indústria automotiva, que coloca o carro parado em modo stand-by, economizando combustível. Implementamos o mesmo princípio nos guindastes da nossa operação”, explicou Maitê. Em seguida, as coordenadoras da Cattalini Terminais Marítimos, Ângela Cristina Bahry e Gabriella Rodrigues da Silva, apresentaram o plano de descarbonização relacionado aos escopos 1 e 2 do Inventário de Gases de Efeito Estufa e boas práticas na parte social, de governança e meio ambiente da empresa. “Nós conseguimos reduzir, entre os anos de 2023 e 2024, 17% do índice que correlaciona as emissões do escopo 1 com a movimentação de óleos aquecidos, que hoje representa 95% das emissões de carbono nas operações da Cattalini”, pontuou Gabriella. Foto: TCP A coordenadora de Meio Ambiente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Eliane Oliveira, comentou sobre as principais ações dentre os 60 projetos socioambientais aplicados pela empresa. Um deles é o projeto Troca Solidária, que atua há 10 anos no litoral paranaense e atende centenas de famílias que trocam materiais recicláveis por produtos alimentícios, de higiene e limpeza em um mercado flutuante. Também foram destacadas ações sustentáveis na empresa. “Destacamos também o plano de descarbonização do terminal, entre eles a eletrificação dos três guindastes RTGs dedicados à ferrovia”, comentou Eliane. O presidente da AAPA Latam, Juan Duarte, trouxe as principais iniciativas ambientais na América Latina. “A AAPA Latam promove projetos de descarbonização climática. Atuamos como parceiros estratégicos para fortalecer as capacidades dos portos e das partes interessadas e facilitar a integração, a formação de redes e a troca de conhecimentos entre os diferentes atores em todo o continente.” Juan também parabenizou a vitória da Portos do Paraná na premiação do Congresso AAPA LATAM 2025, realizado no Peru. A empresa pública venceu nas categorias “Desempenho e Crescimento Portuário” e “Desenvolvimento Sustentável”. Nesta última, o reconhecimento foi concedido pelo projeto Comunidades Sustentáveis, que leva saneamento básico à Ilha de Eufrasina, na Baía de Paranaguá. Pensando no futuro Na segunda etapa do evento, o diretor-presidente da Portos do Paraná participou de um painel com o superintendente de Governança, Riscos e Compliance da APS, Claudio Bastos, a chefe de Gabinete da Secretaria Nacional de Portos, Marina Cavalini, a diretora-executiva da ABEPH, Gilmara Temóteo, e o gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Porto do Açu, Caio Cunha. O público pôde tirar dúvidas sobre temas focados no ESG portuário. Após a realização dos três encontros do COP Portos Sustentáveis, uma comissão formada por

Portos do Paraná e UFPR firmam convênio para preservação da Fortaleza da Ilha do Mel

Pesquisa vai analisar eventuais impactos naturais e humanos na Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, um patrimônio histórico e cultural brasileiro Fotos: Arquivo AEN A Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, na Ilha do Mel, está no centro de um estudo inédito que vai mapear possíveis riscos que a estrutura pode sofrer devido aos processos naturais à sua estrutura. A pesquisa busca orientar ações de preservação desse importante atrativo turístico e cultural. A interferência humana também é foco da pesquisa que visa encontrar meios para orientar a preservação do atrativo turístico.  A iniciativa que visa a proteção da Fortaleza, construída no século XVIII e tombada como patrimônio cultural brasileiro, é fruto de uma parceria entre a Portos do Paraná, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Um convênio entre a Portos do Paraná e a UFPR garantiu o repasse de R$ 1,1 milhão para o desenvolvimento do trabalho, iniciado em abril, com duração prevista de 15 meses. Nesse período, estão previstas entrevistas com a comunidade local. Os pesquisadores também utilizarão imagens de drones e satélites, além de realizar levantamentos topográficos e batimétricos, estudos geofísicos com coleta de amostras sedimentares para análises laboratoriais, visando principalmente o diagnóstico ambiental da região. O gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Schwanka Trevisan, destaca que o projeto é amplo e não se restringe à estrutura da Fortaleza. A pesquisa também vai avaliar o risco de deslizamentos no Morro da Baleia, onde está localizada a construção histórica. Além disso, prevê ações sociais voltadas à escuta da comunidade, reunindo informações que contribuam para a preservação e valorização do patrimônio. “Para a Portos do Paraná, contribuir com esse tipo de estudo na comunidade da Ilha do Mel, onde atuamos com nossos programas socioambientais, representa também o fortalecimento da relação porto-cidade, bem como interinstitucional com o apoio ao IPHAN neste projeto. É uma ação proativa, que vai além das obrigações legais da empresa”, destaca Trevisan. Estão previstas ainda atividades de educação ambiental e divulgação, como palestras, reuniões técnicas, elaboração de mapas, criação de uma maquete informativa e eventos com participação da comunidade. Todo o material será reunido em um banco de dados, com possibilidade de acesso público. Patrimônio e sustentabilidade O professor Marcelo Lamour, do Centro de Estudos do Mar da UFPR e um dos coordenadores da pesquisa, explica que o estudo teve início a partir de uma demanda do Iphan, após os técnicos identificarem fragilidades na muralha da Fortaleza durante obras de manutenção. Ele ressalta que, atualmente, a atividade portuária não representa um risco direto à estrutura, já que o antigo canal de navegação foi desativado na década de 1970. Ainda assim, o projeto é considerado fundamental não apenas para a preservação do patrimônio histórico, mas também para ampliar o conhecimento sobre uma região estratégica, com relevância ambiental e turística, que abriga também Unidades de Conservação e é ainda pouco estudada. “Estamos tentando montar esse quebra-cabeças ambiental com dados inéditos da região da Desembocadura Norte do Complexo Estuarino de Paranaguá. É uma chance única de obter dados ambientais e fomentar soluções baseadas em ciência, em um momento em que emergências ambientais estão se tornando mais frequentes”, aponta Lamour. O projeto reúne professores, técnicos e estudantes bolsistas da UFPR, organizados em equipes temáticas e grupos de apoio. Para o professor, a parceria com a Portos do Paraná é essencial para viabilizar a pesquisa e fortalecer a integração entre a universidade e a gestão pública, ma busca por soluções inteligentes e que melhorem os usos na zona costeira. “É uma parceria sensacional! A Portos do Paraná está acreditando na nossa capacidade técnica e na formação de pessoas”, conclui. Desde 2022, a Portos do Paraná e a UFPR desenvolvem projetos voltados às ilhas próximas aos portos de Paranaguá e Antonina, com foco em ações ambientais e sociais.

Deputado Arilson denuncia calote trabalhista de empresa com contrato com Estado

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) protocolou um requerimento na Assembleia Legislativa do Paraná solicitando que o Governo do Estado apure irregularidades contratuais e trabalhistas envolvendo a empresa TCE Engenharia Ltda., responsável pela obra de duplicação da rodovia PR-317, entre os municípios de Iguaraçu e Maringá.